Nova princesa da Disney é guerreira e empoderada

Marina Galeano/Folhapress
almanaque@hojeemdia.com.br
04/01/2017 às 18:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:18

A nova princesa da Disney é a primeira a rejeitar o rótulo de princesa. Voluntariosa, determinada, independente e autossuficiente, a protagonista de “Moana – Um Mar de Aventuras”, que estreia hoje nos cinemas, foge do estereótipo de heroína presente na grande maioria das animações do estúdio. Nada de príncipe. Nada de par romântico. Com a árdua missão de salvar sua ilha e seu povo da destruição, a jovem polinésia de Motu Nui não tem tempo para historinhas de amor. Também em termos de aparência, Moana se distingue de suas antecessoras. A pele morena, o corpo torneado, os cabelos crespos, os olhos amendoados e decididos ajudam a construir a identidade de uma destemida navegadora da região do Pacífico Sul, dona de um espírito livre. De certa forma, “Mulan” (1998) e “Valente” (2012) já haviam quebrado alguns paradigmas embutidos nas produções do gênero, como a fragilidade das personagens e o romance sempre em primeiro plano. Mas, com essa nova aposta, o estúdio dá um passo além e oferece aos espectadores uma proposta inédita. Não se trata apenas da jornada de uma corajosa heroína para defender sua terra e sua família. A mensagem é mais ousada, mais ambiciosa e alinhada às demandas atuais da sociedade. A personagem toma as rédeas da própria vida mesmo se alguém tenta impedi-la de seguir em frente. Trata-se, portanto, de um filme sobre o empoderamento feminino, sobre a liberdade de escolhas. Filha do chefe de uma tribo da Polinésia, Moana vive dividida entre corresponder o desejo do pai de se tornar a próxima líder de Motu Nui e a atender ao chamado do oceano. Para dar conta de tamanho conflito, ela tem a ajuda da avó. Quando descobre que sua ilha e seu povo estão ameaçados, a garota parte em uma empolgante aventura marítima. No caminho, Moana precisa encontrar Maui, um semideus pouco modesto, grandalhão, cabeludo e tatuado, que irá acompanhá-la nessa expedição mítica, repleta de perigos e paisagens exuberantes. Ao retratar a cultura, as lendas e os cenários da Polinésia, a Disney dispõe de um prato cheio para exibir o auge de sua capacidade técnica em animação. Do início ao fim, o filme impressiona pela qualidade visual, pela riqueza de detalhes e pela perfeição. O cabelo da heroína parece ter vida própria; as tatuagens animadas de Maui – que funcionam como sua consciência – são uma atração à parte; o oceano é quase real. MusicalTudo isso permeado por uma volumosa trilha sonora. Embora numa dose menor do que o cantarolante “Frozen” (2013), Moana também é um longa musical. Humor, aventura, tensão e emoção embalam a saga da jovem navegadora e do parceiro grandalhão. Diversão garantida para crianças e adultos.

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