O último adeus a Aretha Franklin na igreja de seu pai antes de show

Agence France Presse
30/08/2018 às 18:34.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:12
 (SANCYA / POOL / AFP)

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Aretha Franklin voltou nesta quinta-feira (30) à igreja de seu pai pela última vez, deitada resplandecente em um caixão aberto, com um vestido rosa e sapato de salto com lantejoulas, antes de um show em sua homenagem na véspera de seu funeral. 

Milhares de fãs se aproximaram nesta quinta-feira (30) da Igreja Batista New Bethel, em Detroit, para se despedir do ícone da música americana e "Rainha do soul".

A cantora de 76 anos, amada por milhares de pessoas ao redor do mundo, morreu de câncer em 16 de agosto, encerrando uma carreira extraordinária de seis décadas que a converteu em uma das artistas mais famosas dos Estados Unidos.

Debra Demmings, de 63 anos, dirigiu a noite inteira de Minnesota para chegar à fila que se estendia fora da igreja às 07h30 locais (08h30 de Brasília), quatro horas antes do início da última oportunidade para o público de dar o último adeus a Franklin. 

A fila se estendia por mais de um quilômetro, em um ambiente festivo onde os fãs cantavam e trocavam histórias.

Nesta quinta, às 18h00 locais, haverá um show gratuito em homenagem à vida de Franklin no Chene Park Amphitheatre, um estádio em frente ao rio no centro de Detroit que tem capacidade para 5.000 pessoas e espaço para outras 1.000 no gramado.

Entre os presentes estarão Gladys Knight, The Four Tops, Dee Dee Bridgewater, Angie Stone e a ativista política Angela Davis. Louis Farrakhan, o polêmico líder da Nação do Islã, também está na lista.

Os organizadores pediram que os convidados usem branco para celebrar a vida e o legado de Franklin com os mais de 40 artistas que subirão ao palco no que foi anunciado como uma "Homenagem à rainha das pessoas". 

Os ingressos esgotaram em poucos minutos. O repertório incluirá os sucessos como "Freeway of Love", um hino para sua cidade natal, e uma interpretação de "Respect" como encerramento.

Essa canção é um hino feminista e se converteu em um grito de protesto à medida que os afro-americanos se levantaram em todo o país na década de 1960 para lutar pacificamente pela igualdade racial.

O ex-presidente Bill Clinton e Smokey Robinson também estão entre os que irão ao funeral que durará seis horas na próxima sexta-feira (31), onde só se poderá entrar com convite, e haverá tributos musicais de Stevie Wonder e Ariana Grande.

Franklin cantou no funeral de Martin Luther King Jr. e nas cerimônias de posse dos presidentes Clinton e Obama.  

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