O ano que se passou foi marcado por capas de discos icônicas, nacionais e internacionais

Lucas Buzatti
07/01/2019 às 07:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:53
 (Divulgação)

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Não se julga o livro pela capa, afirma o dito popular. A máxima tem lá sua verdade, que também vale para a música. Contudo, há que se admitir que uma boa capa desperta a atenção do ouvinte, que pode sentir-se motivado a dar o play – ainda mais em tempos de tantos lançamentos, acessíveis a um clique. Em 2018, por exemplo, foram muitas as capas icônicas que fizeram brilhar os olhos dos aficionados por arte. Por isso, o Hoje em Dia selecionou seis grandes capas do ano, sendo três internacionais e três nacionais.

Entre as estrangeiras, destaca-se a da cantora e compositora norte-americana Janelle Monáe. Em “Dirty Computer”, a artista pela primeira vez abandona Cindi Mayweather, personagem robótica que serviu de inspiração para todos os seus trabalhos, desde a estreia, em 2007. 

Neste novo álbum, o assunto principal é tão somente Monáe: os temas das músicas descortinam questões biográficas, da identidade de gênero à afirmação do orgulho negro. Por isso, é tão emblemática a capa com sua foto em primeiro plano, coberta por cristais e com uma espécie de Sol ao fundo. A arte é assinada pelo estúdio Wondaland Arts Society.

Ainda quanto aos internacionais, ressaltamos as capas de outros dois norte-americanos: “Heaven and Earth”, do saxofonista Kamasi Washington; e “Sink”, de Sudan Archives, nome artístico da cantora e violinista Brittney Parks.

Em se tratando dos discos nacionais, o grande destaque vai para a capa de “Tônus”, terceiro disco da banda goiana Carne Doce. A foto traz a vocalista Salma Jô em contraste com a luz negra, vestindo uma meia arrastão branca e brincando com um carretel de linha de pipa, também branca.

O clique foi feito pelo guitarrista e marido de Salma, Macloys Aquino, durante uma sessão que rendeu outras diversas fotos e vídeos que foram usados no videoclipe da música “Nova Nova”.Divulgação

Disco Carne Doce

No blog da banda, Aquino conta que a foto foi inspirada na selfie de uma garota chamada Scarlett Vera, que o casal viu no Instagram. Certo dia, depois de tomar umas e outras, os dois compraram as lâmpadas de luz negra e foram brincar. “Salma vestia a meia branca e, já meio tonta, passou a mão num carretel de linha de pipa que estava ali na mesa. E começou a performar”, relata. “Repetimos a produção por três dias seguidos. Arrumei um tripé emprestado, clicamos novos movimentos, temos por volta de 100 fotos. Estava definida a proposta de arte do disco”.

Além da Carne Doce, vale sublinhar também as capas do rapper baiano Baco Exu do Blues (“Bluesman”) e da cantora paulistana Anelis Assumpção (“Taurina”). 

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