‘O Homem Roxo’ retrata trajetória de Fiúza

Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia
11/03/2015 às 09:00.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:18
 (Hoje em Dia)

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Quem for ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH) nesta quarta-feira (11) para ver a exposição “Mulheres, o traço poético de Fernando Fiúza”, retrospecto das obras do artista entre 1982 e 2009, poderá, excepcionalmente, a partir das 19h, assistir ao lançamento documentário “O Homem Roxo”, que retrata a trajetória do artista. O filme é assinado por Carlos Canela e Duke – o último, cartunista mineiro que por muito tempo dividiu a bancada de trabalho com Fiúza.

A ideia do filme, recorda Duke, surgiu despretensiosamente, enquanto o amigo contava uma das muitas histórias para ele.

“O Nando morreu em uma sexta-feira, exatamente um dia depois de o filme ficar pronto. Eu lamento muito por ele não ter assistido o ‘Homem’ finalizado, mas lembro de ter ficado muito feliz quando liguei avisando. Além da saudade tamanha, deixou uma vasta produção artística, uma lição de vida”, afirma.

No filme, a dupla de diretores reuniu depoimentos de familiares e amigos, gente como Toninho Horta, Nelson Ayres e Juarez Moreira. Há também a narrativa sobre a batalha de Fiúza contra a Moléstia Azul, raro problema cardíaco que o acometeu da infância até os 56 anos, idade que tinha quando faleceu.

“Conheci pouca gente que amasse tanto a vida e as pessoas como Fernando. Ele as amava ainda mais do que amava a pintura, o desenho, a fotografia. E olha que a paixão por tudo isso era demasiada e iluminava cada momento da vida dele. Para respirar, ele precisava criar. A arte era o oxigênio dele, a fonte de energia, do inesquecível bom humor”, recorda o artista plástico Mario Zavagli.

Amigos e musas

Assim como ele, o também artista plástico Jayme Reis tem boas lembranças do amigo que conheceu ainda em 1979.

“Não tardou para logo depois passar a frequentar a casa/ateliê dele. Um lugar sempre cheio de bons amigos e lindas musas”.

A convivência com Fernando, segundo Jayme, influenciou diretamente no próprio trabalho. “Aprendi imensamente com ele enquanto o observava pular de uma técnica para outra. Ainda hoje, se estou triste, desanimado, tenho um antídoto: penso no Fernando e a vida e o entusiasmo voltam a florescer. Fernando é fortaleza pura”.

Documentário “O Homem Roxo”, nesta quarta-feira (11), às 19h, no CCBB (Praça da Liberdade,450 – Funcionários). No mesmo local, acontece a exposição “Mulheres...” aberta diariamente, exceto às terças, das 9 às 21h. Até13/04. Atrações gratuitas.
 

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