Orquestra Sinfônica de MG traz Mozart, Berlioz e... Deep Purple para a hora do almoço

Elemara Duarte - Hoje em Dia
23/02/2016 às 22:43.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:33
 (Hoje em Dia)

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A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais iniciou a edição 2016 do “Sinfônica ao Meio-Dia” nesta terça-feira (23) com Mozart, Berlioz e... Deep Purple! Exatamente, leitor surpreendido. Da banda britânica de heavy metal, os músicos selecionaram “Smoke on the Water”, adaptada sinfonicamente para arrebatar o público que lotou o Grande Teatro do Palácio das Artes.

A série continua nesta quarta-feira (24). E em abril também, mas com outra seleção musical. Para assistir, não paga nada. E ficou bonito, viu? O vídeo está logo aqui abaixo com alguns trechos. A produção disse que era para testar equipamentos no teatro. Mas, na hora do almoço poder ouvir aquilo tudo... Melhor do que ficar fofocando na entrada da empresa até vencer o tempo e voltar ao trabalho.

E o povo aproveita. O assistente administrativo José Assis, assistiu só uma parte do espetáculo. Volte aqui, moço! O horário do almoço acabou. Mas tá de boa: “Já valeu o dia! Amanhã tô aí de novo”.

 

PEQUENA MAESTRINA - Sofia e a avó, Thania: "Ela gosta de música clássica". Crédito: Elemara Duarte/Hoje em Dia

 

A regra é simples. Soube da apresentação? Chegue por volta do meio-dia e entre para assistir. Simples. “Fui levar minha neta ao médico. Mas soube da apresentação pela TV e vim”, contou a esteticista Thania Alves.

E a neta? Sofia, de 2 anos, aproveitou a música a seu modo: brincando de imitar os gestos do regente Sérgio Gomes pelo corredor central do Grande Teatro. No final, Sofia deu aplausos. Todo mundo aplaudindo, ela não ficaria de fora. “Ela gosta de música clássica. Fica tranquila. Coloco antes de ela dormir”, diz a avó.

Do compositor autríaco, a Sifônica apresentou a Abertura da ópera Don Giovanni, Concerto para Clarineta e Concerto para Trompa. “A peça começa bem dramática, mas vai preparando o ouvinte para movimentos de comédia que ocorrerão durante a ópera”, lembrou o maestro.

 

CIRANDA DOS PEQUIS - Rosalina e Juliana pela primeira vez no Grande Teatro e diante de uma orquestra. Crédito: Paulo Lacerda - FCS/Divulgação

 

No arremate, a Orquestra trouxe ao público a “Abertura do Carnaval Romano”, do francês Hector Berlioz. Alegria no palco. E na plateia, idem. Lá estavam os integrantes do grupo Ciranda dos Pequis, do bairro Jardim dos Pequis, em Sete Lagoas, Região Central de Minas.

“É a primeira vez que vejo uma orquestra se apresentando”, diz a integrante Juliana Maria de Paula. A mesma experiência inédita foi vivida por outra integrante, Rosalina Carvalho Teixeira. “Gostei muito. É bom para a mente".

O grupo de dança folclórica veio vestido com o figurino colorido com o qual se apresentam. Não é à toa: em BH, eles foram trocar experiências com outro grupo folclórico, o Meninas de Sinhá e de lá, desceram para ver a apresentação.

O sonho do grupo, dizem os integrantes, é um dia poder se apresentar em um palco como aquele. Por que não? E certamente levariam ainda mais alegria para o nobre palco.

 

SERVIÇO

Sinfônica ao Meio-Dia. Repeteco dia 24 de fevereiro, no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Na hora do almoço. Grátis.

 

 

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