Peça baseado na obra do uruguaio Eduardo Galeano estreia nesta terça-feira

Pedro Artur - Hoje em Dia
02/12/2014 às 08:58.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:14
 (naum produtora/divulgação)

(naum produtora/divulgação)

O teatro como forma de resistência, cujo conteúdo provoque uma reflexão que ecoe na “nuestra Latino-América”. Esta é a proposta dos formandos do Teatro Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais (TU), que estreiam nesta terça-feira (2), às 20h, na Funarte, a montagem “Abraço”, baseada na obra “O Livro dos Abraços”, do uruguaio Eduardo Galeano.

“Extremamente importante e interessante essa pesquisa dentro de um curso de teatro. É a busca de se reconhecer nessa história, já que fazemos parte da América Latina. É assim muito importante para a consciência política, antropológica e social. O teatro precisa entrar nesses campos para que a gente possa sair das quatro paredes, o universo da representação. Que o processo criativo possa e tenha haver com nossa humanidade”, frisa Helena Mauro, professora do TU e diretora do espetáculo. A montagem conta em cena com 16 novos atores.

A diretora diz que a escolha do repertório para a formatura passou por um enorme processo de pesquisa, desde o ano passado. Discutiram – diretora e alunos – sobre obras de João Guimarães Rosa, de Marina Colasanti, mas se fixaram em Eduardo Galeano. “A turma sempre gostou do livro. Gostei desde o início da ideia de seus pequenos contos, de o Eduardo (Galeano) fazer uma síntese das histórias muito reais sobre personagens da história da América Latina. E poder contar isso com síntese em agradou muito”, observa. Na obra, Eduardo Galeano trata, de forma poética, dos tempos nebulosos da ditadura e da des-territorialização dos povos originais.

História

Com “Abraço”, o Teatro Universitário mostra seu vigor, nesses seus quase 65 anos de atividade, e coloca 16 novos atores para os palcos mineiros e brasileiros. Para isso, foram três anos de curso. “Muitos profissionais passaram por essa escola e, aos poucos, criaram outras escolas, como, por exemplo, do corpo técnico da Fundação Clóvis Salgado. Fui aluna da Clóvis Salgado, então assim o TU conseguiu montar uma rede cultural pela cidade”, enfatiza Helena Mauro.
 

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