Pedro Luís repassa em show as canções do disco 'Pérola Negra', de Luiz Melodia

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
02/08/2018 às 18:55.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:44
 (NANA MORAES/DIVULGAÇÃO)

(NANA MORAES/DIVULGAÇÃO)

 Exatamente no dia que se completa um ano da morte do cantor e compositor Luiz Melodia, Pedro Luís subirá ao palco d’A Autêntica, amanhã, para celebrar um dos grandes nomes da música brasileira, revisitando o primeiro disco de quem adotou no sobrenome uma de suas maiores qualidades. É raro ver um artista dedicando um show inteiro a um disco de outro colega. No caso de Pedro Luís, há razões de sobra para isso acontecer. Ele se lembra do dia em que, com pouco mais de dez anos, “Pérola Negra” chegou à sua casa, em 1973, antes mesmo de ser distribuído nas lojas. “Meu cunhado trabalhava na indústria fonográfica e tínhamos o privilégio de ouvir os álbuns antes de todo mundo. Nossa família era muito ligada à música e aquele disco logo se tornou querido, encantando a todos por sua poesia magistral e pela diversidade musical”, observa o artista, carioca como Melodia. Pedro Luís registra que o disco traz um repertório que aponta para um cantor variado, não só em gênero (trilhou pela MPB, samba, choro) como em sonoridade. “O som era muito arrojado, moderno, indo de um chorinho como ‘Estácio, Eu e Você’ até algo mais gafieirado, na faixa-título”, detalha o homenageador. Tudo isso aconteceu numa época em que, lembra Pedro Luís, as mixagens eram ruins. “Quando você ouve o disco – e eu ouço muito – percebe como as vozes são bem gravadas, com uma parte técnica preciosa. Os engenheiros pegaram muito bem a onda de Melodia, respeitando a forma dele de cantar”. Para esse “primeiro disco que é um absurdo de definitivo”, Pedro criou novas versões, o que o faz desejar lançar um CD em breve. Se ainda estivesse vivo, Melodia, que morreu aos 66 anos, de mieloma múltiplo, provavelmente diria “O que está esperando?”, frase que usou para incentivar a realização do show. O espetáculo estreou em abril, num formato menor, com duração de meia hora. Para BH, ele preparou um show “especialíssimo”, não só pela coincidência de datas, incluindo quatro novas canções ao repertório – “Divina Criatura”, “Cara a Cara”, “Negro Gato” e “Juventude Transviada”, acompanhada de violão e guitarra para “todo mundo cantar junto”. MonoblocoSe der tempo, Pedro ainda tentará invadir o palco do “Arraiá do Monobloco”, que acontecerá no Samba da Quadra, no bairro Luxemburgo. O Monobloco é uma das crias do cantor, lançado em 2000 como bloco carnavalesco, mas que ganhou uma versão “junina” neste ano.  “É a segunda grande festa do país, com músicas e ritmos próprios”, salienta o músico Celso Alvim, que levará ao repertório desde baião coco, xote e quadrilha até músicas modernas que dialogam com o formato, como “Você Partiu o Meu Coração”, de Anitta e Wesley Safadão. “Pérolas Negras” com Pedro Luís. Amanhã, às 22h30, n’Autêntica (Rua Alagoas, 1172 – Savassi). Ingresso: R$ 30 (antecipado). “Arraiá do Monobloco”. Amanhã, às 17h, no Samba da Quadra (Rua do Mercado, 50 – Conjunto Santa Maria – Luxemburgo). Ingressos: R$ 30.

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