Pela primeira vez na carreira, Leo Jaime se apresentará ao lado de uma orquestra

Paulo Henrique Silva
17/09/2019 às 19:25.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:48

 Para quem faz nariz torto para a música erudita, Leo Jaime gosta de citar o exemplo do filho, David, 12 anos, fã de cultura pop. “Eu o chamei para ir numa apresentação de orquestra e ele falou que não queria ir, que não gostava. Então pus para ele ouvir a ‘Marcha Imperial’, do filme ‘Star Wars’. E falei que aquela composição de John Williams foi feita com orquestra e que, sim, ele gostava de música erudita”, registra. O cantor de hits dos anos 80, como “Gatinha Manhosa”, “As Sete Vampiras”, “Rock Estrela” e “A Fórmula do Amor” também é um exemplo desta mistura entre o popular e o clássico. Nesta sexta-feira, às 21h, ele sobe ao palco do Cine Theatro Brasil Vallourec para dar nova roupagem ao repertório, apresentando-se ao lado da Orquestra de Câmara Opus, dentro do programa “Orquestrando o Brasil”.  “É a primeira vez que toco com orquestra. Estou entusiasmado. Já tinha me apresentado com big band, mas o arranjo é mais voltado para o jazz”, observa Jaime, durante um intervalo da gravação do programa “Só Toca Top”, da Rede Globo. Ele destaca que as músicas têm o mesmo andamento, mas os arranjos para orquestra garantem maior sofisticação, devido à multiplicidade de instrumentos.  Além das versões criadas pelo maestro Leonardo Cunha, não faltarão surpresas. Jaime adianta algumas delas, sem desfazer o mistério: “No meio de ‘Rock Estrela’, farei citação a outra música. Também terá músicas que normalmente não canto, como ‘Rock da Cachorra’, que escrevi para Eduardo Dussek e nunca havia cantado”, revela Jaime, que também garante a presença de alguns “amigos” durante o show. Sem lançar disco de inéditas desde 2008, o artista nascido em Goiânia tem um show calcado nos próprios sucessos oitentistas. A razão é muito simples: “as músicas desta época permanecem”, explica, lembrando um momento que ele define como glorioso da rádio no Brasil. “Todo mundo ouvia rádio naquele tempo, o retorno de público era grande, o que nos tornava conhecidos rapidamente”. Novos discos, só com a participação de uma gravadora de ponta. “Sempre fiz meus lançamentos, como singles. Mas para projetos grandes, como acústico e disco de inéditas, preciso desta parceria”, diz. Ele também não descarta a possibilidade de fazer um registro fonográfico com a apresentação ao lado da Orquestra Opus. “Seria ótimo! Quero fazer mais concertos com orquestra”.

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