Pipiripau: história do cativante presépio nas salas de cinema

Pedro Artur - Hoje em Dia
19/12/2013 às 08:41.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:54
 (Cristiano Quintino/Divulgação)

(Cristiano Quintino/Divulgação)

Os 116 anos da capital mineira foram comemorados semana passada, mas ainda é tempo de a cidade ganhar presentes. E que presentes: os admiradores do Pipiripau podem, agora, ver a história do cativante presépio nas salas de cinema.

No longa-metragem que estreia amanhã na cidade, o diretor Aluizio Salles Júnior utiliza uma linguagem simples para descrever a engenhosidade e fascínio da obra-prima criada por Raimundo Machado, que não apenas se confunde com a história de Belo Horizonte, mas faz parte de seu imaginário. O filme foi realizado a partir de depoimento do criador, registrado em fita cassete, dado, nos anos 1980, à professora Vera Alice Cardoso Silva. Finalizado há poucos dias, o documentário – com duração de 74 minutos – tem pré-estreia hoje.

Criador e criatura

Para Salles, era importante destacar não só o criador e a obra, como as transformações pelas quais a cidade passou. “O depoimento do Raimundo é um documento precioso – possivelmente, um dos poucos registros de história oral de alguém que viu a cidade nascer. Ele chegou a BH em 1898, com seis anos, e viu a cidade crescer com olhos de uma criança fascinada por seu movimento, pela velocidade, pelo automóvel. O Pipiripau é um patrimônio importantíssimo da nossa cultura e história”.

Restauro

Atualmente o Pipiripau passa por um restauro na parte me[/LEAD]cânica, elétrica e artística – portanto, não está aberto à visitação pública. O documentário resgata imagens de uma cidade ainda com caminhos de terra, do início do século passado, com a preocupação de mostrar como Raimundo criou o Pipiripau a partir de personagens do dia a dia.

“O Raimundo vai espelhando, em seu presépio, o que via ao seu redor. Assim, percebe a fonte luminosa da Praça Raul Soares ou a fonte do laguinho do Parque Municipal. E reproduz músicos, sapateiros artesãos, soldados uma série de ofícios da cidade fora da região do Contorno. É um registro antropológico do crescimento de Belo Horizonte”, afirma Aluizio. 

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