Plataforma permite um lançamento mundial para filmes de arte

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
02/01/2020 às 08:23.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:09
 (Netflix/Divulgação)

(Netflix/Divulgação)

Mais do que debater o poderio da Netflix e seu alcance junto ao público mundial – são mais de 158 milhões de assinantes –, os profissionais do cinema atualmente fazem uma análise aprofundada sobre mercado, comportamento e linguagem que se transformam com as novas tecnologias. 

Se os premiados Cuáron e Scorsese realizaram grandes obras via Netflix, foi porque não conseguiram emplacar seus ousados projetos junto aos estúdios tradicionais, cada vez mais focados em produtos de ação e aventura – tendo os super-heróis como carro-chefe.

Se as salas de cinema tendem a ser ocupadas por candidatos a blockbuster, as plataformas de streaming possibilitam um leque mais aberto, apostando em produtos para diferentes públicos. “A partir do momento em que um filme estreia na Netflix, ele pode ser assistido no mundo inteiro. Filmes como ‘Roma’ e ‘O Irlandês’ não conseguiriam estrear em várias salas com esse mesmo alcance”, explica Carolina. 

Em compensação, assistir a um filme dentro de casa, pela TV, computador ou dispositivo móvel, certamente não oferece a mesma experiência da telona para o espectador. “Roma”, por exemplo, foi visto por milhões de pessoas ao redor do mundo, mas quantos não deram uma pausa durante toda a exibição?

“Eu tive uma experiência muito difícil com ‘O Irlandês’. Nas duas primeiras horas, custei a me concentrar. Porque enquanto se assiste em casa, a concentração não está 100% como sala de cinema e isso prejudica a experiência cinematográfica. Com a TV, a gente desiste mais facilmente dos filmes”, lembra a especialista.

Indicações

“O Irlandês” teve cinco indicações para o Globo de Ouro 2020, mas não foi o campeão da lista. “História de um Casamento”, também da Netflix, recebeu seis indicações. O filme é dirigido por Noah Baumbach e estrelado por Scarlett Johansson e Adam Driver.

Entre os filmes feitos por produtoras tradicionais, os mais lembrados foram “Era uma Vez em... Hollywood”, de Quentin Tarantino, e“Coringa”, com quatro indicações (incluindo Melhor Ator de Drama para Joaquin Phoenix e Melhor Diretor para Todd Phillips). 

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