Primeira edição da feira ArteBH traz obras de nomes icônicos e novos talentos

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
02/05/2018 às 18:31.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:38
 (Maurício Antônio/Divulgação)

(Maurício Antônio/Divulgação)

Entre sexta-feira (4) e domingo (6), Belo Horizonte recebe a primeira edição da ArteBH – Feira de Arte Moderna e Contemporânea. O evento, que acontece no Centro Cultural do Minas Tênis Clube, busca apresentar um retrato do mercado atual da arte brasileira, reunindo galerias da capital mineira e de cidades de outros estados. Reunindo diferentes manifestações artísticas e técnicas de trabalho, as obras à venda são assinadas por mais de 100 artistas – entre nomes consagrados, como Di Cavalcanti e Alberto Volpi e novos talentos, como o mineiro Warley Desali e o baiano Zé de Rocha.

Diretora e co-realizadora da ArteBH, Tamara Perlman explica que a feira foi resultado de uma criação coletiva e não apenas uma derivação da PARTE Feira de Arte Contemporânea, evento que já acontece em São Paulo há anos. “Não estamos a transportando para cá. A ArteBH foi construída a muitas mãos, principalmente junto às galerias da cidade, que são muito fortes”, afirma. “BH é uma cidade que tem uma sensacional formação de artistas e instituições sérias, como o Inhotim e o Circuito Praça da Liberdade”, afirma, ressaltando que havia uma vontade dos espaços de arte em fomentar o mercado local.

União

As galerias de BH presentes na feira são: AM Galeria, Beatriz Abi-Acl, Cícero Mafra, Celma Albuquerque, dotART, Lemos de Sá, Manoel Macedo, Murilo Castro e Orlando Lemos. “É um grupo organizado e bem coeso. Escolhemos algumas galerias de outros Estados, como São Paulo e Bahia, para compor e somar ao cenário”, afirma Perlman. 

A diretora sublinha que a amostragem artística da feira é plural e diversificada em todos os sentidos. “Temos desde trabalhos de nomes consagrados e obras raras à artistas novos. Reunimos instalações, desenhos, pinturas, fotos, esculturas, arte urbana. É um passeio bem significativo pelo mercado brasileiro, da arte moderna aos dias de hoje”, pontua. “Os preços também são variados. Há desde uma tela de Volpi dos anos 1960, por 850 mil reais, até gravuras do artista que variam entre três e quatro mil reais; além de pinturas de jovens artistas, em que é possível pagar 500, 600 reais”, explica.

Arte para todos

Para Leila Gontijo, da dotART, a feira ajuda a desmistificar a ideia de que as galerias são ambientes elitistas, “para poucos”. “É uma ótima oportunidade para quem não está acostumado a frequentar esses espaços. Fica fácil para qualquer um começar uma coleção, ou mesmo fazer apenas um passeio pelas obras”, defende. “E para quem está envolvido no mercado, também é importante, já que geralmente as feiras acontecem apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo”.

Tamara Perlman faz coro. “A galeria muitas vezes intimida, tem que tocar a campainha, a pessoa fica com medo de perguntar preço, de negociar. A feira já é um ambiente descontraído, em que os galeristas e muitos artistas estarão presentes para conversar”, diz. Sobre a motivação de eventos como este, sumariza: “Na minha visão, a arte é uma necessidade. Ter uma obra é quase como um fetiche, que vem da identificação e da paixão da pessoa por aquele trabalho”, finaliza. 

Serviço: 1ª ArteBH – Feira de Arte Moderna e Contemporânea. De sexta (4) a domingo (6), no Centro Cultural Minas Tênis Clube (R. da Bahia, 2244 – Lourdes). Sexta e sábado, das 14h às 22h; domingo, das 11h às 19h. Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). 

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