Programação gratuita do Festival de Inverno da UFMG tem música, teatro e dança

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
20/07/2017 às 19:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:40
 (Carlos Rhienck - Hoje em Dia)

(Carlos Rhienck - Hoje em Dia)

De 28 de julho a 5 de agosto, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realiza a 49ª edição do Festival de Inverno, com extensa programação cultural. 

Grupo Galpão, Marcelo Veronez, Mônica Salmaso, Ars Nova Coral e Cia Fusion de Danças Urbanas são algumas das atrações, todas gratuitas.  

A abertura do Festival, na sexta-feira (28), será com o espetáculo teatral "De tempos somos", do Grupo Galpão. Há, ainda, atrações de hip-hop, samba e música sacra, além de apresentações que abordam temas como o feminismo negro e as ditaduras do Brasil. 

O tema da 49ª edição do Festival de Inverno é Poéticas de Transformação: Criação e Resistência. Segundo “Trabalhamos com artistas que têm a experimentação como procedimento para os seus processos de criação”, conta a coordenadora geral, Mônica Ribeiro. 

Os eventos estão sujeitos à lotação dos espaços. Além disso, haverá minicursos, oficinas, aulas abertas e residências artísticas. O
Festival é organizado pela Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG.

Confira a programação completa: 

28 DE JULHO – SEXTA-FEIRA

Duração: 12min15s
Local: Auditório da Reitoria
Classificação etária: livre

relação com o público. 
Duração: 1h30
Local: Auditório da Reitoria
Classificação etária: livre

29 DE JULHO – SÁBADO

Duas cabeças se encontram e se confrontam com os seus movimentos, palavras e comandos neurais sobrepostos, fracionando os tempos através de jogos não lineares, vertiginosos e contagiantes. A exaustão e os limites da memória tornam as atenções múltiplas e o movimento involuntário. Quem estabelece a regra?
Duração: 50min
Local: Conservatório UFMG
Classificação etária: livre

O show Ensemble incluirá músicas inéditas do compositor e flautista Artur Andrés (ex-Uakti), além de composições de sua autoria, gravadas na vasta discografia do Grupo Uakti. Com Artur Andrés, vao se apresentar Regina Amaral (piano), Rafael Martini (teclados e voz), Alexandre Amaral (flautas, violão e voz), Natália Mitre (vibrafone), José Henrique Soares (marimba) e Bruno Vellozo (contrabaixo). Serão também apresentadas composições de Rafael Martini e Alexandre Andrés, que integram o grupo.
Duração: 1h
Local: Conservatório UFMG
Classificação etária: livre

30 DE JULHO – DOMINGO

Juarez Moreira (violão e guitarra) e Nivaldo Ornelas (flauta e saxofone), dois músicos mineiros, que têm suas vidas inteiramente dedicadas à música instrumental – criando, tocando e produzindo –, se reúnem para show, onde apresentam novas composições autorais e composições mescladas a grandes nomes da música brasileira, como Ary Barroso, Pixinguinha e Milton Nascimento.
Duração: 1h15
Local: Conservatório UFMG
Classificação etária: livre

A Santa Joana dos matadouros, obra de Bertolt Brecht, se transfigura e o contexto presente traz à luz dos olhos A Santa do capital. As cenas conduzidas por facetas/mascaramentos metamorfoseados nos elementos da carne, do aço, do fogo, da fome, da fé no capital, que se sobrepuja a realidade dos brutalizados... Pobres fiéis da Santa sem alma. Quantas vozes dialéticas possíveis esta Santa pode ressaltar? Qual Santa nos alimenta o estômago? A serviço de quem ela propaga sua, nossa voz?
Duração: 1h20
Local: Conservatório UFMG
Classificação etária: livre

31 DE JULHO – SEGUNDA-FEIRA

Carmina Burana conta com 24 poesias latinas medievais, nas quais não existe o bem sem o mal, o sacro sem o profano e nem fé sem maldições: uma oscilação, em que se encontra a grandeza da humanidade. Nesta criação, dirigida por Ernani Malleta, o Núcleo de Música Coral da UFMG faz uma integração entre as linguagens: música, teatro e dança, mantendo traços da cantata original. Já a encenação foi livremente inspirada nos escritos/poemas e na marcante obra cinematográfica de Jean-Pierre Ponnelle.
Duração: 1h20
Local: Palco no Bosque da Música
Classificação etária: livre

1 DE AGOSTO – TERÇA-FEIRA

Eras é um show cênico-musical com composições sobre as relações temporais e atemporais entre o universo da mulher negra e o que a rodeia na contemporaneidade. O show é a segunda criação com composições autorais do Coletivo Negras Autoras, grupo formado por mulheres negras, multiartistas, que encontram na arte a forma de descrever o percurso e o posicionamento da mulher negra ativa na sociedade.
Duração: 40 min
Local: Palco no Bosque da Música
Classificação etária: livre
19h30 – Show Narciso deu um grito – Marcelo Veronez
Narciso deu um grito é o primeiro show homônimo do primeiro disco de Marcelo Veronez. Intérprete conectado ao teatro e à música, Veronez faz valer a espera por um show vibrante e cheio de referências ao carnaval, ao teatro de revista e à diversidade de ritmos que é a verdadeira tradição da música brasileira.
Direção musical de Ygor Rajão e direção cênica de Lira Ribas.
Duração: 40min
Local: Auditório da Reitoria
Classificação etária: livre

2 DE AGOSTO – QUARTA-FEIRA

Duração: 1h
Local: Bosque da Música
Classificação etária: livre
19h30 – Show de Mônica Salmaso canta Vinícius de Moraes 
Buscando cantar os diversos encontros entre Vinícius de Moraes e seus vários parceiros, o espetáculo Mônica Salmaso canta Vinícius de Moraes traz canções deste compositor em parceria com Tom Jobim, Chico Buarque, Carlos Lyra, Francis Hime, Ary Barroso, Ernesto Nazareth, dentre outros.
Duração: 1h20
Local: Auditório da Reitoria
Classificação etária: livre

3 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA

O cantor e compositor Serginho Beagá apresenta neste show sambas já conhecidos do grande público como “Me leva”, “Samba guerreiro”, “Brilha por si”, “Bambuzal de Iansã” e outros sambas que apontam a diversidade rítmica do samba, como a gafieira “Pingo é letra” e o ijexa “Ibamolê”. O show terá partido alto, samba dolente, samba afro – uma diversidade de composições, espelhando a força rítmica do samba. Este gênero musical, que completou recentemente o centenário de seu primeiro registro fonográfico, é considerado, como cantado no “Eu do samba”, de Serginho, o “samba identidade da nossa nação”.
Duração: 1h
Local: Praça de Serviços
Classificação etária: livre

O Ars Nova-Coral da UFMG interpretará um repertório abrangente, que incluirá obras sacras a cappella, obras acompanhadas por violão e obras de compositores brasileiros de diferentes regiões do País, para mostrar a diversidade e a qualidade do canto coral. Todas as obras são de compositores que atuaram no século 20 e que ainda atuam no século 21.
Duração: 1h
Local: Auditório da Reitoria
Classificação etária: livre

4 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA

Sete corpos dançantes trazem ao palco os desafios de ser negro e de ser mulher em uma sociedade ainda desigual e opressora. Inspirado no conto homônimo de Machado de Assis, "Pai contra mãe", o espetáculo busca, por meio da linguagem das danças urbanas, tematizar e promover reflexão acerca de questões que perpassam nossa memória e nosso presente, em que as feridas da escravidão do passado ainda não se cicatrizaram e se multiplicam pela associação de antigas, porém persistentes, e novas mazelas da nossa sociedade: o racismo, a violência, o sexismo, a ânsia por poder e a vaidade humana.
Duração: 1h
Local: Palco no Bosque da Música
Classificação etária: livre

5 DE AGOSTO – SÁBADO
Tarde Hip Hop 
Local: Praça de Serviços
Classificação etária: livre

Sankofa é um show musical que traz vários olhares e reflexões sobre as tantas formas de ditaduras que vivenciamos no Brasil: a militar, a social, a racial, de gênero e de classe. Sankofa, na filosofia africana, é um pássaro africano de duas cabeças, que tem como significado a ideia de rememorar o passado para que possamos resignificar o presente. A proposta é rememorar e estabelecer uma reflexão diante dessas duas realidades, o ontem e o hoje, diante de experiências concretas vividas por tantas pessoas, que, no cotidiano e mesmo de forma anônima, lutam para um país melhor. O show será composto de músicas autorais e releituras, buscando retratar, através da música, as truculências da vida urbana.
Duração: 1h

Zaika dos Santos lança Akofena, seu segundo disco, marcando o protagonismo da mulher negra. O álbum da multiartista Zaika dos Santos foi produzido por Dubalizer,  com apoio do Dj Edd. O disco volta seu discurso contra o racismo, machismo, homofobia, transfobia e lesbofobia e fortalece o contexto do feminismo negro, do feminismo interseccional, do afro-futurismo e afro-psicodelia, passando pelo reggae eletrônico à contemporaneidade sonora brasileira.
Duração: 45min

Pequena epopeia familiar. Quatro gerações de uma mesma família. Acontecimentos banais e marcantes nas trajetórias de vida de cada um. Quarenta e cinco minutos de convivência com a intimidade radical de um grupo de pessoas. A violenta passagem do tempo. A delicadeza. A relatividade do tempo no teatro. A língua como invenção. Adaptação de Bon, Saint-Cloud, texto inédito no Brasil, da autora francesa contemporânea Noëlle Renaude.
Duração: 45min
Local: Auditório da Reitoria
Classificação etária: 18 anos

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