Quebrando a 'parede' entre artista e fã, Sessão Colabhorasom leva shows intimistas à Autêntica

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
22/01/2018 às 16:08.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:53
 (Raíssa Maluf/Divulgação)

(Raíssa Maluf/Divulgação)

Promover a interação entre artistas e fãs por meio de shows intimistas, fortalecendo a divulgação da produção de música autoral em Belo Horizonte. Essa é linha-guia que orienta o projeto Sessão ColaBHorasom, cuja sexta edição acontece nesta terça-feira (23), n’A Autêntica. Dessa vez, a iniciativa conta com apresentações de quatro expoentes da cena mineira: Manu Dias, Octávio Cardozzo, Sol Bueno e Cassiano Luz.

Um dos produtores do projeto, que começou em agosto do ano passado, Pedro Sá ressalta a importância de quebrar a “parede” entre artistas e fãs. “Cada artista convidado é apresentado por um fã, que conta um pouco sobre como conheceu trabalho daquela pessoa e como ele o influencia[TEXTO]. É uma sessão em que o fã tem voz”, explica. “O princípio básico é mostrar que os artistas têm que valorizar o apoio dos fãs. Mas isso só acontece quando o artista se dispõe a ter uma relação mais próxima com esse fã”, completa.

Para tanto, os shows do projeto, realizado em parceria com A Autêntica, dispensam o palco da casa. “Cada artista apresenta três músicas, no chão, perto do público. E, depois, há um momento de troca, de interação”, afirma Sá, ressaltando que a iniciativa é um braço complementar do ColaBHorasom. “O ColaBHorasom é um projeto maior, que tem a ideia de levar shows de artistas mineiros para a sala da casa dos fãs. Entre 2016 e 2017, fizemos uma média de 70 apresentações, em dez cidades da Região Metropolitana de BH”, conta. 

Atravessamentos

O produtor pontua que, para além de promover o contato do artista com seus admiradores, o Sessão ColaBHorasom se preocupa com premissas sociais. “Somos influenciados por dois coletivos. Um é o Mulheres Criando e o outro o Imune (Instante da Música Negra). Por isso, entre os quatro artistas, sempre convidamos duas mulheres e dois negros ou negras”, afirma Pedro Sá, lembrando que a produção é colaborativa e as apresentações são sempre gratuitas. “Não temos cobrança de portaria, mas sugerimos uma colaboração do público. Cada um colabora com quanto pode e usamos esse dinheiro para pagar os custos e investir na divulgação dos artistas nas redes sociais”, diz.

Um dos convidados da última edição, o rapper Roger Deff destaca as trocas que o evento gera. “Fui apresentado por um fã que eu nem conhecia e que sabia tudo da minha trajetória. Nem sempre a gente tem noção de como o trabalho chega nas pessoas. Então, é muito gratificante essa interação mais imediata”, afirma. “Como o evento mistura artistas de vários estilos, também favorece a formação de público para além de nichos. Sem contar que os artistas ainda conhecem os trabalhos uns dos outros, o que reforça uma ideia mais plural de cena”, finaliza. 

Serviço: 6º Sessão ColaBHorasom, com Manu Dias, Octávio Cardozzo, Sol Bueno e Cassiano Luz. Terça-feira (23), às 19h, n’A Autêntica (rua Alagoas, 1.172, Funcionários). A entrada é franca.

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