O cinema acompanhou todas as fases de Madonna, desde o estouro com “Holiday” e “Borderline”, na metade dos anos 80, em que o figurino e o comportamento provocativo se refletiram nos filmes “Procura-se Susan Desesperadamente” (1985) e “Quem é Essa Garota?” (1987). A rainha do pop começou na telona estampando o oposto da mulher tradicional.

Em “Procura-se Susan...”, ela serve de estímulo para a dona de casa mudar de vida, assumindo a identidade de uma intrigante mulher que conhece pelos classificados.

Os affairs, muitos deles da área cinematográfica, levaram Madonna a passos mais ousados, como “Surpresa de Shangai” (1986), em que atua ao lado do então marido Sean Penn numa aventura histórica que não agradou os críticos e rendeu-lhe um “prêmio” de pior atriz.

Com Warren Beatty, em “Dick Tracy” (1990), teve melhor sorte, na pele da insinuante cantora na adaptação da famosa HQ. Ganhou tantos elogios quanto a sua participação em “Uma Equipe Muito Especial” (1992), como uma pioneira jogadora de beisebol.

A Madonna polêmica e desbocada da turnê “Blond Ambition” surge no documentário “Na Cama com Madonna” (1991) e nas ficções “Corpo em Evidência” (1993), suspense erótico, e “Olho de Serpente” (1993), como atriz que transa com todos da equipe.

Após a exploração do tema sexual, ela assume como diva, a partir do musical “Evita” (1996), no papel-título que lhe valeu um Globo de Ouro. Ao lado do marido e diretor Guy Ritchie, porém, foi bombardeada pela atuação no sofrível “Destino Insólito” (2002).

As atuações foram rareando até ir, cinquentona, para atrás das câmeras em “Sujos e Sábios” (2008) e “W.E.” (2011). Neste, focou numa relação escandalosa na Coroa inglesa para falar de mulheres à frente de seu tempo. Papel, aliás, que Madonna interpretou como ninguém.

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