Em algum lugar do planeta, nesse exato momento, existe alguém fazendo um “selfie” (autorretrato). Uma mania que saiu dos celulares, viralizou nas redes sociais e chegou – quem diria – às páginas do dicionário Oxford – o mais extenso da língua inglesa.   “O selfie é a representação do que conhecemos também por narcisismo e ostentação. A sociedade tem necessidade de exibir, para os outros, que esteve ‘lá’ e com o selfie, você preenche momentaneamente essa necessidade. Um desejo que não tem limites nem fronteiras de intelecto, classe ou cor”, afirma o consultor comportamental Breno Soares.    “No ano passado, o selfie passou a fazer parte do Oxford e não foi por motivo torpe. O autorretrato é o reflexo dessa época – e não de uma geração. Isso porque qualquer pessoa, de qualquer idade, está sujeita a se pegar fazendo um selfie. Ele atinge todas as classes: da garota que se fotografa no banheiro durante um baile funk ao médico durante uma cirurgia”, explica.   O grande problema é que, em muitos casos, as pessoas perdem completamente o controle (e a noção) e saem produzindo autorretratos em toda e qualquer ocasião. “Como para todas as coisas da vida, é preciso ter bom senso. Não importa quantas curtidas ou compartilhamentos você vai ter: respeite a família da pessoa que morreu, não faça brincadeiras em lugares que são de luto”, destaca Breno.    Rute Andrade, especialista em redes sociais, destaca que selfies “sem noção” são feitos por pessoas tão preocupadas consigo mesmas que não enxergam o outro, por mais próximo que esteja. “Dia desses, vi o selfie de uma garota fazendo biquinho onde era o campo de concentração de Auschwitz. Um absurdo tal que, de nossa parte, só deveria merecer o botão ‘deletar’”. Confira, aqui, algumas dicas para não pagar mico. 

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