Revelação do rap, Tássia Reis lança ‘Outra Esfera’

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
14/10/2016 às 18:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:13
 (Divulgação)

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Desde que lançou, há três anos, a música “Meu Rapjazz”, a paulista Tássia Reis, de 27 anos, vem despontando como um dos principais nomes femininos do rap nacional. E o público tende a se ampliar agora, quando a artista lança digitalmente o segundo disco, “Outra Espera”.

Aqui estão sete músicas em que ela mostra a potência de letras ora doces ora contundentes e uma voz marcante. O disco é cheio de misturas eletrônicas e orgânicas, com referências ao soul, ao jazz, a elementos psicodélicos. 

Segundo Tássia, a intenção foi tratar das várias formas com que nos relacionamos com o mundo. “É um álbum que tem a ver com as conexões que a gente faz na vida. Estamos conectados à natureza e somos influenciados uns pelos outros”, afirma Tássia. “Trato, por exemplo, das limitações que a sociedade nos impõe e como acabamos aceitando isso por conta de um medo do desconhecido”. 

Origem
Tássia é de Jacareí, no interior de São Paulo, e se mudou para a capital paulista aos 20 anos para estudar Moda com uma bolsa do ProUni. Dedicava-se à dança na época, mas não imaginava que as músicas que criava, ainda de forma tímida, acabariam se tornando prioridade na vida. 

“Eu tentei falar baixinho mas ninguém me ouviuEu tentei com carinho e o sistema me agrediuEntão eu grito! elevo o meu agudo ao infinito!”Trecho da canção “Ouça-me”

Aos poucos, foi mostrando as criações e recebendo elogios para a voz. Assim que o discurso empoderado apareceu na web, Tássia foi ganhando seguidores. Um destaque tão grande que a Avon a incluiu em um vídeo superdiferente, que contou ainda com Liniker e as vocalistas da banda As Bahias e a Cozinha Mineira. O vídeo foi feito na mesma época em que Karol Conká estrelou uma revista da marca. 

“Nossos esforços (de cantoras negras) para ocupar espaços têm sido gigantescos há muito tempo, mas a diferença é que hoje temos a internet como aliada. Na internet não há intermediários nem gravadora para indicar o que é bom ou não. É assim que meu discurso chega às pessoas”.

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