(Léo Lara/divulgação)
Há dois anos, prestes a chegar aos 60, a jornalista Roberta Zampetti se incomodou com o próprio futuro. Criou um novo programa na TV dedicado ao envelhecimento e passou a se dedicar ao tema. Utilizando a profissão como instrumento de autoconhecimento, entrevistou centenas de idosos no Brasil e no exterior, estudou teorias e participou de eventos sobre o tema. [TEXTO]Assim, “Sou 60” é seu novo projeto de vida.
Essas descobertas e histórias são apresentadas neste que é o livro de estreia na literatura: “Sou 60 – Diário de uma jornalista em busca de respostas sobre envelhecimento e a vida”, que ela apresenta amanhã dentro do projeto Sempre Um Papo. Partindo do fato de que a população está envelhecendo e com as diversas questões em torno do tema, a obra trata de forma leve e bem-humorada da importância da perseverança, determinação e atitude positiva após os 60 anos.
Mas como lidar com essa evolução que provoca mudanças significativas nas rotinas das famílias e das cidades, que influencia diretamente a economia, assim como a forma como lidamos com a vida e também com a morte? E para quem chega à velhice, como transformar essa mutação natural em uma experiência prazerosa?
Com prefácio do médico Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, o livro é um convite a enxergar a velhice de forma positiva, como todas as fases da vida. A começar assumindo o uso da palavra “velhice”, em detrimento de termos como “melhor idade”, embora a autora defenda que a maturidade deve ser vista como motivo de orgulho e de transformação. “Quatorze por cento da população brasileira atual possui mais de 60 anos. A expectativa é que em 2050 essa taxa ultrapasse 30%. Estamos vivendo uma revolução da longevidade e do cuidado, que começa a influenciar todos os setores da sociedade: saúde, educação, economia e segurança. Envelhecer é um privilégio e pode ser muito bom. Para isso, precisamos olhar no espelho, nos reconhecer e nos aceitar”, destaca ela.
Sempre Um Papo com Roberta Zampetti, amanhã às 19h30, com entrada gratuita, no auditório da Cemig (Rua Alvarenga Peixoto, 1200, Santo Agostinho)