Russian State Ballet apresenta "O Lago dos Cisnes" em BH

Altino Filho - Hoje em Dia
24/05/2013 às 08:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:58

Em janeiro deste ano, a Rússia foi tomada pela notícia insólita do ataque acontecido contra o diretor artístico do Bolshoi Sergei Filin. Os olhos do coreógrafo foram feridos gravemente quando um homem mascarado atirou ácido sulfúrico em seu rosto.

Em março, veio o nome do autor do ataque: Pavel Dmitrichenko, um bailarino solista, que entrou para o Bolshoi em 2002, pertencia ao segundo escalão da companhia, mas nunca fez parte do grupo dos principais artistas da casa.

O incidente chamou, de novo, a atenção da Rússia e do mundo da dança para um assunto amplamente discutido e popular em Moscou: a disputa ferrenha, a entrega total, o alto desgaste físico e mental, a inveja dissimulada e outros ingredientes amargos que fazem de uma bem sucedida carreira no Bolshoi a tarefa mais difícil do universo das artes.

A Nata da dança

Nesta sexta-feira (24), o assunto não vai ganhar a Praça 7, mas os apreciadores da dança clássica deverão se lembrar do trabalho árduo de formação de qualquer bailarino de excelência. Chega à cidade o Russian State Ballet, companhia surgida em 1979 a partir do sonho de Irina Tichomirova, primeira bailarina do Bolshoi e diretora da Sociedade Filarmônica de Moscou.

Em sua segunda passagem pelo país, a Russian State dança o clássico "O Lago dos Cisnes" em 27 cidades, marcando o que seria a maior turnê de uma companhia russa em terras brasileiras. Quarenta solistas, em sua maioria astros formados nos principais grupos russos, como o Kirov, o Stanislavski e, claro, o Bolshoi, uniram-se à trupe. E além do compromisso com a tradição da dança, o State ainda busca os passos da inovação. "Todos sabemos que o artista que recebe treinamento somente em dança contemporânea não pode bailar os clássicos. Quem é preparado em dança clássica pode assimilar qualquer outro tipo de linguagem.

É muito útil que o bailarino se expresse de uma forma a outra", explicou o atual diretor artístico Viatcheslav Gordeev que também é coreógrafo do Bolshoi. O espetáculo desta noite é algo sem contraindicações, aliás, como todo bom clássico que se preze.

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