Sá e Guarabyra unem-se à Orquestra de Câmara Opus nesta sexta-feira, no Sesc Palladium

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
14/11/2018 às 18:35.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:50
 (Georges Estúdio/Divulgação)

(Georges Estúdio/Divulgação)

Mesmo tendo eternizado a frase “hoje ainda é dia de rock”, Sá e Guarabyra nunca se fecharam numa caixa musical. Natural, portanto, que a dupla esteja aberta a fusões sonoras. Daí, veio o convite da Orquestra de Câmara Opus para o projeto “Orquestrando Brasil”, cujo objetivo é dar roupagem sinfônica a obras de mestres da música popular brasileira. O resultado será apresentado nesta sexta-feira (16), em concerto no Sesc Palladium. 

Sá conta que a parceria surgiu quando ele foi assistir a uma edição do projeto com Guilherme Arantes. “Estava no camarim com o Guilherme quando chegou o maestro Leonardo Cunha e começamos a conversar. Ele disse: ‘O que acha de fazer esse espetáculo com a gente?’. E eu respondi: ‘Tô dentro’”, relembra. “Tanto eu quanto o Guarabyra sempre fomos apaixonados por orquestra. Nossa carreira foi construída muito em cima destes arranjos. Temos como maestros preferidos Rogério Duprat e Eduardo Souto Neto, que fizeram arranjos maravilhosos para nossos discos”.

Regente da Orquestra Opus, Cunha destaca que, por morar em Belo Horizonte, Sá acompanhou os ensaios e a construção do espetáculo. “Foi muito gostoso fazer os arranjos. Como muitas músicas deles têm uma sonoridade mais sólida, sem tantos elementos, tivemos liberdade maior para ornamentá-las”, afirma. “Sá e Guarabyra têm como legado um cancioneiro muito extenso e conhecido, mas que muitas vezes é pouco relacionado à autoria deles. São músicos que devem ser valorizados, ainda mais em Minas Gerais, já que guardam toda uma história com o Estado. Fico muito feliz de fazer um espetáculo ao lado de nomes tão importantes”, completa, lembrando que a Opus já tocou com Milton Nascimento, Nando Reis, Daniela Mercury, Flávio Venturini e Sandra de Sá. 

O concerto de hoje contará com canções que estão gravadas no recém-lançado “Cinamomo”, como ressalta Sá. “É um disco de releituras finais das músicas da nossa carreira que mais gostamos de tocar. Como o lançamento coincidiu com o show, pedimos ao maestro que arranjasse as músicas do disco. Têm versões que nunca foram gravadas, então será um show com muitas novidades. ‘Barulhos’, por exemplo, é uma canção que nunca fizemos ao vivo”, sublinha. O repertório ainda traz sucessos como “Sobradinho”, “Roque Santeiro”, “Espanhola”, “Caçador de Mim”, “Mestre Jonas” e “Dona”.

Cidadão honorário e residente de BH desde 2005, Sá ressalta a alegria de tocar na cidade. “Eu e minha esposa, que é de Montes Claros, escolhemos morar em BH. Nosso filho é mineiro. Não saio de BH nem amarrado”, brinca. “Mesmo o Guarabyra tem uma relação forte com BH, pois é a cidade de onde saíamos para viajar pelo São Francisco. Então, é tocar em casa”. 

Serviço: Sá e Guarabyra e Orquestra de Câmara Opus. Sexta-feira (16), às 21h, no Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420 – Centro). Os ingressos custam entre R$ 28 e R$ 110. 

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