Série "The Blacklist" estreia nesta terça-feira no Brasil

Joana Cunha - Folhapress
30/09/2013 às 15:28.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:54

NOVA YORK - Um dos homens mais procurados pela inteligência americana no mundo se entrega ao FBI oferecendo-se para aparentemente ajudar a capturar grandes figuras do crime, tanto os conhecidos e exaustivamente procurados, quanto os perigosos infratores que nem sequer levantam suspeitas da polícia federal dos EUA.

O nome do ex-fugitivo é Raymond Reddington (codinome "Red"), e ele estabelece apenas uma condição: para entregar a "lista negra", só dialoga com a agente Elizabeth Keen, jovem desconhecida no meio policial, perspicaz e disposta a tudo para combater a criminalidade, com quem ele aparentemente não tem qualquer ligação anterior.

No enredo de "The Blacklist", tratado pela mídia americana como uma das séries mais esperadas da nova safra, a palavra "aparentemente" é cuidadosamente usada pelo elenco que, apesar dos estudos para construir os personagens, explicam que o único fato claro nesta história é que ninguém se arrisca a definir as verdadeiras motivações de cada um.

O programa acaba de estrear nos EUA e começa a ser exibida no Brasil nesta terça-feira (1), pelo canal Sony. Ao optar pela estreia quase simultânea no Brasil, a ideia é preservar a audiência, evitando que o público procure antecipar os episódios.

Reddington é vivido pelo ator James Spader, cuja carreira de mais de 30 anos, em títulos como "Sexo, Mentiras e Videotape", "Justiça sem Limites", "Secretária" e "Crash - Estranhos Prazeres", lhe rendeu reputação pelo modo peculiar com que interpreta personagens excêntricos. Spader conduz Reddington, mas o próprio ator diz que desconhece -e que não faz questão de conhecer- todas as razões para suas conexões misteriosas.

"Eu estava intrigado antes de começar o trabalho e continuei intrigado. Gostei do ambiente enigmático. A possibilidade de se surpreender está lá", afirma Spader. Questionado sobre quem é "Red", o ator responde que ainda não sabe. "Eu conheço sua personalidade, mas os fatos de sua vida são um grande mistério."

Tom Keen, o marido de Elizabeth, vivido pelo ator Ryan Eggold, entra no primeiro capítulo da série como o parceiro romântico, acima de qualquer suspeita, que só almeja cultivar uma família com a mulher que trabalha demais. Eggold, porém , diz que não coloca a mão no fogo por seu personagem. "Ele tem potencial para ser muitas pessoas em uma só. Não sei para onde será levado. Mas desconhecer se ele é bom ou mau, ou se é um espião, ajuda a atuar com o momento, sem pensar no futuro e deixar escapar para a audiência o que virá", afirmou, sem disfarçar que também sofre com a curiosidade.

Linhagem

Em "The Blacklist", a lembrança da série "Homeland", sobre uma agente da CIA e um militar americano, e tantas outras recentes tramas do gênero, paira na memória do espectador. Mas os segredos do governo americano revelados neste ano, na vida real, pelo técnico de informática Edward Snowden mostram que o tema permanece atual e esquentam a representação dos dramas da sociedade contemporânea.

"Essa questão da identidade, das relações secretas, é muito popular. Mas o tema "em quem se pode confiar' é atemporal e está mais atual agora com todas essas revelações do caso Snowden", diz Eggold.

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