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Trata-se de uma labuta diária, mas a boa nova é que vem surtindo efeito. Artista plástico e músico autodidata, Sandro Medeiros, 40, constata, feliz, a ampliação de todo um esforço feito por um grupo informal de artistas em prol da cultura popular. “Basta ver iniciativas como o Trovão das Minas ou Baque das Minas, que arrastam multidões”, diz ele, cujo empenho pela causa ganha, hoje, um capítulo especial: a partir das 20h, Sandro apresenta, na Praça da Jabuticaba, Centro de Contagem, o repertório do CD “Boi do Além”.
O disco traz dez faixas, e participações de um time aplicado de percussionistas, como Alcione Oliveira, Daniela Ramos, Vinicius Moreira e Lorena Anastácio. Que ninguém imagine, porém, que Sandro seja um defensor tão estrênuo da música popular a ponto de poder ser tachado de ortodoxo. “Os ritmos da cultura popular (samba, baião, coco, lambada, frevo, ciranda, bumba-meu-boi, ijexá) são usados como base harmônica, sobre as quais podemos criar”, diz ele, que também está por trás do projeto de mesmo nome do álbum.
A ideia é das mais bacanas. A partir dos pilares criatividade, reciclagem e cultura popular brasileira, oficinas (destinadas a crianças, idosos ou mesmo pessoas em situação de rua) propõe a criação de “boizinhos” com garrafas pet e sacolinhas plásticas. “São coisas que o mundo precisa trabalhar nos dias de hoje”, diz Sandro, referindo-se, especificamente, à questão do reaproveitamento.