Segunda etapa do Circuito Municipal de Cultura traz ações de cultura popular

Da Redação
almanaque@hojeemdia.com.br
14/07/2021 às 21:17.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:25
 (RENCA PRODUÇÕES/DIVULGAÇÃO)

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A segunda etapa do Circuito Municipal de Cultura apresentará no dia 21, às 18h, a série de vídeos "Histórias de Alimentar a Alma", uma das ações do projeto Territórios Culturais - que visa ampliar as ações do Circuito nas nove regionais de Belo Horizonte e promover a valorização dos artistas locais nas mais variadas linguagens contemporâneas e tradicionais.

A série mostrará a história de Dona Helena e sua ligação com o Grupo Pipoca Doce e com a receita da canjica de São João. Criada em 2007, a quadrilha Pipoca Doce nasceu no Morro das Pedras, na região Oeste de Belo Horizonte. Foi a grande campeã do grupo especial do Arraial de Belo Horizonte em 2019. Ao longo de oito episódios, a série irá mostrar diversas histórias e receitas que estão diretamente ligadas à culinária dos festejos populares e tradicionais.

Lançado em dezembro de 2019, o Circuito Municipal de Cultura é um projeto estratégico da Prefeitura de Belo Horizonte, e mantém, nesta nova etapa, o compromisso de oferecer programação cultural de qualidade, com atrações gratuitas e para todas as faixas etárias. O Circuito já realizou 329 apresentações, alcançando um público de mais de 635 mil pessoas, e contou com a participação de mais de 1.748 trabalhadores, entre artistas, mestres da cultura popular, produtores e técnicos, reforçando seu importante papel de fomento, principalmente no período da pandemia de Covid-19.

Secretária Municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin ressalta que, do lançamento até aqui, o projeto cresceu e se consolidou como uma importante plataforma de valorização especialmente da produção cultural de Belo Horizonte, se destacando pela abrangência das linguagens artísticas que contempla e por atender a cidade como um todo.

“Assim como todos os demais projetos da Cultura, o Circuito precisou se reinventar diante da pandemia, buscando novos formatos de programação e de alcançar o público. Se, por um lado, tivemos os muitos desafios que surgiram com a impossibilidade do encontro presencial, por outro, a potente programação ofertada derrubou as barreiras geográficas e levou nossos artistas a outras cidades, estados e até países”, afirma.

A secretária destaca que, para esta nova etapa, a Prefeitura está investindo R$ 2,2 milhões para a realização do Circuito, recurso que impactará positivamente toda a produção cultural de Belo Horizonte, desde artistas até os técnicos dos bastidores, se somando às diversas iniciativas de fomento e valorização da cultura que estão em curso na Secretaria e na Fundação Municipal de Cultura.

A programação segue no formato digital e será transmitida a partir do canal da Fundação Municipal de Cultura no YouTube, pelo site e pelas páginas do Circuito Municipal de Cultura no Instagram e no Facebook.

Caruru

No segundo episódio, quem entra em cena é o caruru de Vunji (São Cosme e Damião), receita que será apresentada por  Makota Cássia  e Luan, da Comunidade Religiosa e Quilombola Manzo Ngunzo Kaiango. O vídeo vai ao ar no dia 28, às 18h. O prato - feito com ingredientes como quiabo picado, camarão seco, frango, temperos, entre outros - é oferecido em homenagem aos orixás protetores das crianças e é uma das tradições que demonstram como a cultura quilombola se preservou dentro do terreiro.

A conexão entre o tradicional e o virtual poderá ser vista nas apresentações do projeto “Terça da Dança” que, nesta temporada, privilegia as danças populares e tradicionais, muitas vezes longe dos holofotes e, ao mesmo tempo, tão fundamentais para a identidade cultural dos territórios da cidade. Quem inaugura a programação, no dia 27, às 19h, é o grupo Quadrilha Pé de Serra, com vasta trajetória nas tradições juninas.

Criada com o objetivo de arrecadar alimentos para o centro de menores do bairro Betânia, na década de 90, a Quadrilha Pé de Serra se profissionalizou ao longo dos anos e iniciou sua participação em competições maiores a partir de 2002. O grupo é um dos raros a conseguir subir do grupo C para o grupo especial na competição do Arraial de Belo Horizonte.

No dia 10 de agosto, também às 19h, os Arturos entram em cena. A Comunidade Quilombola dos Arturos, criada no século XIX e um dos mais importantes símbolos de resistência da cultura negra em Minas Gerais, mantém viva a tradição do congado e compartilha seus passos, ritmos e movimentos no Terça da Dança. Os Arturos reúnem atualmente cerca de 500 descendentes e agregados do casal Arthur Camilo Silvério (filho de escravos) e Carmelinda Maria da Silva, em uma propriedade rural localizada na cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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