Similaridades entre Brasil e Senegal são mote de série de TV produzida por mineiros

Paulo Henrique Silva
30/08/2019 às 18:12.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:21
 (CAREM ABREU/DIVULGAÇÃO)

(CAREM ABREU/DIVULGAÇÃO)

 Entre Brasil e Senegal há muitas conexões históricas e culturais que envolvem desde a música (o samba) a manifestações como a capoeira. Estas relações, separadas por uns 5,2 mil quilômetros de oceano, são a atração da série “Conexão Brasil-Senegal – A Cultura em Nós”, realizada pela produtora mineira Carem Abreu para exibição, no próximo ano, no canal CineBrasilTV. Carem não esconde que, por ser uma produtora sediada em Belo Horizonte, os artistas de Minas Gerais terão protagonismo, citando nomes como os sambistas Mestre Conga e Dona Elisa, o rapper Roger Deff, a poeta Nívea Sabino e o cantor Celso Moretti. “(É uma forma de) Divulgar nossa ancestralidade, falando da cena cultural da cidade em relação às manifestações culturais afro-brasileiras”, registra Carem. Em conversa com o Hoje em Dia, por whatsApp, em meio às gravações no Senegal, a produtora, que também assina o roteiro e a direção geral, destaca que a série terá seis episódios e será calcada nas similaridades entre os dois países. Ela cita os “parentescos” entre o candomblé e o islamismo, religião predominante no país africano, a partir do uso de patuás. “O rap e o poetry slam, com a batalha dos versos, tem no Senegal, a partir do taassu, um responsável por transmitir às pessoas os saberes do povo”, compara Carem. O samba, por sua vez, é relacionado com os rituais da etnia Mandigue. Já a capoeira carrega semelhanças com o laamb, dos Diolas, que possui até mesmo uma espécie de berimbau (o ekonting). De janeiro a março, Carem esteve no Senegal, ao lado de Mariana Bracks, especialista em História da África, para fazer a pré-produção da série, e agora retorna para as filmagens, que durarão cerca de um mês. No roteiro, estão cidades como Dakar, Bignona, Joal, Thies, Saint Louis, Ndioum, Bakel e Kolda. No Brasil, ainda acontecerão filmagens em São Luís, no Maranhão e Rio de Janeiro, além de BH. A intenção da produtora é fazer outras temporadas, focando em novos aspectos. A série é realizada com recursos do Prodav 01 (produção de conteúdo para TV fechada) e com patrocínio do Fundo Setorial do Audiovisual.

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