O novo projeto que o percussionista Túlio Araújo inaugura hoje, “Choro Amoroso”, é sim uma declaração ao gênero, mas pela possibilidade de liberdade que ele possui. “A ideia é sair desse formato amarrado do choro, principalmente na parte musical”, diz Araújo, sobre o projeto vai ocupar as terças feiras no Do/Ar (Rua Amoroso Costa, 32–Santa Lúcia), com entrada franca.

Segundo o músico, uma das motivações que o inspirou foi pensar em seu instrumento, o pandeiro, rodar de uma forma “menos reta”. “Indo nas rodas aqui em BH, uma coisa que percebi é a falta de vontade dos músicos de criarem, ate mesmo com musicas já tradicionais, coisa que não acontece nas rodas do Rio, São Paulo e Brasília. Por aqui, o pandeiro ainda é colocado num formato muito engessado. Aí resolvi achar um cantinho, músicos que concordem comigo e fazer essa nossa ideia de roda”.

A participação de convidados expressa outro dado importante do projeto: a força e o foco no improviso. “O choro permite muito isso”, garante. “O importante é essa excitação de nunca saber como será a roda. Dependendo do solista convidado e dos músicos que aparecerem ele vai tomar uma direção. Quero abrir o leque e sacudir a galera–músicos e público– a terem experiências diferentes a cada edição”, promete.

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