Tamy Tectoniza lança primeiro EP visual, que transita por várias estéticas e vertentes

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
31/07/2020 às 10:44.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:10
 (Matheus Augusto/Divulgação)

(Matheus Augusto/Divulgação)

Composto por vídeos gravados com o celular, mesclando várias estéticas, do glitch ao VHS, Tamy Tectoniza lançou o EP visual “Magma Lacrimal”, seu primeiro rebento solo. O trabalho conta com cinco faixas, dá início a uma fase electropop e slowcore da artista e foi produzido por ela e sua namorada, a também musicista JuPat.

“Fiz a parte instrumental das músicas, as letras, cantei, fiz o design gráfico da capa, vídeos e toda a edição desse material. A Ju assina a mixagem e masterização, além de também ter fotografado a capa e gravado algumas das cenas registradas”, relata Tamy.

Apesar de trazer uma mescla de estilos, a cantora prefere rotular seu som como “dancing dense”. “Acho que esse trabalho traz diálogos muito intensos para mim. É sobre quando o sistema nos dói. As impossibilidades. A falsa liberdade. Pitadas do caos pandêmico e do só querer amar. A mensagem é sobre sentir e deixar escorrer o que tem para escorrer. Essa é a única maneira de nos aliviar do mundo”, comenta.

Confira faixa a faixa comentada pela artista

‘Bitcoins’

“Foi composta nesse período de pandemia. Niilista, distópica, tecnológica. O sentimento da fragilidade humana e a necessidade de desaparecer para continuar existindo. Partes do vídeo são registros atuais que fiz dentro de casa durante o período de isolamento, envolvido por danças em meio ao caos”

‘Queride’

“É sobre o anseio de querer eternizar uma relação amorosa, mas essa possibilidade não estar disponível para controle humano. Mas ao mesmo tempo não querer ter esse controle, e sim só querer perder (ou no caso ganhar) tempo amando, fazendo menção à frase do poeta italiano Torquato Tasso: “perdido é todo o tempo que com amor não é gasto”Reprodução capa

‘Gastronomia dos Desejos Carnais’

“É o auge do EP. Ela é quente, vermelha, sombria, sexual, melancólica. Cabalística. Inspirada no horror cult Midsommar (2019) de Ari Aster. No vídeo dessa música, o performer Pedro Leone foi convidado a participar, simbolizando uma entidade quente e misteriosa”

‘Rio Caudaloso’

“É a preparação para o desembocar diretamente no oceano, mas em sua região abissal. É sobre a minha forma de amar, livre, poética, caudal. E sobre o mundo tentando sugar e sufocar orgasmos”

‘Oceano Abissal’

“A camada mais profunda e lenta do EP. A profundidade do amor que queima o peito e que quer a mistura da matéria. O amor nos curando do sistema”Matheus Augusto/Divulgação

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