Teatro de BH começa a ser protegido

Elemara Duarte
22/10/2014 às 19:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:43
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

O diversificado teatro de Belo Horizonte começa a ser reconhecido como bem imaterial - algo semelhante com o que acontece com os tombamentos de imóveis históricos. O ponto de partida do processo foi dado nesta quarta-feira (22) pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural durante sessão extraordinária no Museu Histórico Abílio Barreto.    No encontro, no qual também esteve presente o prefeito Marcio Lacerda e representantes da classe artística, foi apresentado o inventário da história do teatro na capital e feito o registro. Entre os segmentos que receberam a proteção municipal estão o “teatro de rua”, “teatro de bonecos” e o “circuito de teatros”. O processo fez com que as três primeiras áreas entrassem para o livro de registro como "formas de expressão".    No "Registro de Lugares" do "circuito de teatros" estão englobados os teatros Marília, Francisco Nunes e Teatro da Cidade entre outros. "Os espaços culturais de Belo Horizonte estão se ampliando cada vez mais. Além disso, vamos reinaugurar, no início do ano, o Cine Santa Tereza e o Centro Cultural Alípio de Melo. Recentemente, tivemos a incorporação de espaços privados como o Teatro Cultural Bradesco e o Cine Theatro Brasil", lembrou Lacerda.    Com o registro, os bens imateriais poderão contar com estímulos maiores especialmente nas questões das leis de incentivo e na busca de apoio de empresas que poderão "adotá-los". Com a conclusão do levantamento, outras áreas das artes cênicas também serão protegidas como circo e a dança.   Cultura de BH em mais estudos de registros   O ofício dos fotógrafos lambe-lambe foi o primeiro registro de bem imaterial de Belo Horizonte. Realizado em 2011, o ofício entrou para o "Registro dos Saberes".    Em curso, está aberto o processo de registro imaterial da cultura cigana. Também está sendo estudada a inclusão da área no "Livro dos Lugares", o que pode contribuir para a regularização dos acampamentos ciganos dos bairros Céu Azul/Lagoa e São Gabriel/Belmonte.   Outros estudos também estão em processo de registro como é o caso das Guardas de Congo e Moçambique, bandas de música, quilombos urbanos e os chamados "territórios gastronômicos" referentes aos pontos tradicionais de alimentação na capital.

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