Auguste Rodin inspira espetáculo "Frágil", do Balé Jovem

Miguel Anunciação - Do Hoje em Dia
31/10/2012 às 11:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:45
 (Paulo Lacerda/Divulgação)

(Paulo Lacerda/Divulgação)

Ex-bailarino do Corpo por muitos anos, aos poucos Peter Lavratti constrói também carreira como coreógrafo. Desta vez, se inspirou nas sugestões de potência e fragilidade contidas nas obras do francês Auguste Rodin (1840/1971) para criar "Frágil?", estreia do programa triplo que o Balé Jovem do Palácio das Artes exibe só nesta quarta (31) e na quinta (1°), a partir das 21 horas.

Articulação de solos e duos para oito bailarinos, que dura em torno de 15 minutos, "Frágil?" foi elaborado a partir de imagens de obras de Rodin que Lavratti trouxe aos ensaios e os bailarinos se apropriaram a partir de improvisações. É o que se costuma chamar de criação coletiva.

Acostumados a outros modos de criação, a coreógrafos que trazem fechado o que desejam, os jovens bailarinos levaram tempo para assimilar o novo método. Depois, lhe devotaram a entrega de costume, frisa Andréa Maia, diretora artística e administrativa e ensaiadora do Balé há dois anos e meio – dos cinco que ele completou em agosto. Neste período, o Balé Jovem firmou um lugar de destaque para a seriedade de como é conduzido, para a qualidade inegável dos seus bailarinos e das 13 obras que mantém em repertório.

Duas serão dançadas nesta quarta e na quinta: "Goldberg", de Tíndaro Silvano, de 2011; e "Contracapa", de Cassilene Abranches, de 2009. O programa mobiliza os 24 bailarinos (16 trainees) que o Balé mantém em atividade.

Novidades

Aliás, trabalho não tem faltado: até semana passada, integraram o elenco da opereta "A Viúva Alegre". Semana que vem, fazem programa conjunto com o Dança Jovem, pelo projeto "Observatório"; dia 20, participam do Festival de Dança de Uberlândia; e, dia 2 de dezembro, participação na apresentação do Grupo de Choro do Palácio das Artes.

Em tempo: novos bolsistas e trainees serão escolhidos em audição no próximo dia 15.

Atrações internacionais no FID

O FID traz de volta a BH a francesa Emmanuelle Huynh com "Múa" – nesta quarta, às 20 horas, na Funarte MG. O espetáculo foi apresentado em BH no FID 2007. A francesa apresenta também "Cribles Live", dia 4 de novembro, às 20 horas, no Sesc Palladium.

Nesta quarta tem outro espetáculo internacional: Meg Stuart (EUA/Bélgica), que em 1997 se apresentou no Brasil com a participação do videoartista Gary Hilll.

Agora, Meg apresenta dois trabalhos: "Violet", com Damaged Goods (Bélgica), hoje, às 21h, no Oi Futuro Klauss Vianna, e "The Fault Lines" com Philipp Gehmacher, Vladimir Miller, Meg Stuart / Damaged Goods (Bélgica) & Mumbling Fish (Áustria), dias 1º e 2 de novembro, em duas sessões, às 19 horas e às 22 horas, no Espaço Cultural Ambiente.

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