Contagem regressiva para o início do Verão Arte Contemporânea, o VAC

Pedro Artur - Hoje em Dia
02/01/2015 às 09:47.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:32
 (Guto Muniz/Divulgação)

(Guto Muniz/Divulgação)

A finitude sempre instigou a humanidade, mesmo não significando literalmente o fim da vida ou da Terra, mas sim o de um ciclo. Esse mote perpassa “Noturno”, espetáculo do grupo Teatro Invertido, que, no próximo dia 10, às 21h, no Teatro Oi Futuro Klauss Vianna (av. Afonso Pena, 4.001) abre a 9ª edição do Verão Arte Contemporânea, o VAC. A peça fica em cartaz até dia 18. “Tem essa metáfora do fim de uma classe neste momento que o Brasil vive, de transição.    Temos certos valores questionados, pois acho que mesmo uma classe no fim tenta sustentar seus valores”, pontifica Sara Pinheiro, autora do texto. A direção da peça está a cargo de Monica Ribeiro e Yara de Novaes.   A dramaturga conta que, na abordagem sobre medos e contradições da elite brasileira, o texto se abre a discussões existenciais, “inclusive porque gosto muito de Albert Camus”. “A direção, aliás, utiliza ‘O Mito de Sísifo’ para o conceito da peça”, diz.    Sara conta que escreveu o texto inspirada numa conversa que escutou enquanto esteve no Paraguai. “Uma conversa despojada, nada séria, sobre o fim do mundo na América Latina. E, na mesma época, estava lendo um texto do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, no qual ele coloca a questão do fim do mundo, no caso, a partir da questão indígena”, enfatiza a dramaturga, que lançou mão dessa ampla alegoria. A montagem também pode ser associada ao fim de um ciclo e início de outro: é que comemora os dez anos do Teatro Invertido – a trajetória foi iniciada com “Nossa Pequena Mahagonny”.

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