Feto apresenta recorte do teatro estudantil no Brasil

Pedro Artur - Hoje em Dia
15/10/2014 às 08:49.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:37
 (Divulgação)

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O clássico “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, ganhou uma roupagem mineira, moderna, e com linguagem que fala diretamente e abertamente com os jovens. Duas gangues rivais aterrorizam a Escola Verona – que poderia ser em qualquer cidadezinha desse enorme país – na montagem “@romeu&julieta”, do Grupo Cênico Tatu Bola, de Pará de Minas. A peça traz à discussão a violência nas escolas e é uma das atrações do Festival Estudantil de Teatro (Feto), que acontece entre 16 e 24 deste mês, em vários espaços de BH.

O espetáculo – programado para o dia 21, às 16h, no Teatro Alterosa (av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta) – conta com o texto de alunas das escolas da rede pública de Pará de Minas, casos de Cristiani Fonseca e Sefany Souza. Os ingressos custam R$ 6 e R$ 3 (meia) – mesmo valor para os demais espetáculos do festival, que conta também com uma vasta e diversificada programação de oficinas, essas gratuitas e a preços populares. O arte-educador e diretor da peça, Rony Morais, acredita que essa adaptação aponta para o resgate do ambiente escolar. “É um recado dado contra a violência, além de provocar uma reflexão entre os adolescentes sobre questões como as drogas. E que a violência não vingue nesse ambiente de aprendizagem e de respeito aos outros”, destaca. Esta é a terceira participação do grupo no festival, que está em sua 14ª edição.

Oficinas

As oficinas – que começaram no dia 13 – são voltadas para segmentos diversos, desde crianças a adultos. E acontecem na Funarte (rua Januária, 68, Floresta) e no Espaço Aberto Pierrot Lunar (rua Ipiranga, 137, Floresta). Serão discutidos vários temas, como, por exemplo, “Teatro Plástico”, “Sabe, também crio histórias. Posso contar para você?”, “PULSO-PRESENÇA – um jeito de fazer tradicional e o contemporâneo”, entre outros.

Uma das idealizadoras e coordenadoras do Feto, Bárbara Bof ressalta que as oficinas permitem um diálogo com segmentos diversos, o que enriquece o festival. “É um festival estudantil por excelência. E a linguagem do teatro abraça e permite outras tantas linguagens. E contempla duas categorias: teatro na escola destinada para estudantes em fase escolar e estudantes em fase profissional de universidade ou cursos técnicos de teatro mais específicos”, afirma. O grupo paulista Club Noir é o convidado deste ano.

Sobre a escolha dos espetáculos, ela diz que foi feita por uma curadoria e a intenção foi a de privilegiar a diversidade dos trabalhos. “Um pequeno recorte do que está sendo produzido no teatro estudantil brasileiro”, explica. São ao todo 13 montagens de grupos de várias partes do país, como o Nordeste, Sudeste, Sul e Distrito Federal. 

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