Tempo é fator importante no novo disco do Skank, o nono da carreira

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
06/06/2014 às 08:12.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:53
 (Weber Padua)

(Weber Padua)

O nono disco de estúdio do Skank estava pronto, mas faltava um fator importantíssimo: o nome. Como o tempo foi um tema recorrente nas letras, indicadas por diferentes parceiros, foi essa a principal inspiração. Do latim, veio a ideia de batizá-lo de “Velocia”, que chega às lojas esta semana via Sony Music, seis anos após “Estandarte”.

“Fiquei muito ligado à ideia de tempo e espaço, sobre o tempo de carreira do Skank, sobre como tudo passou tão rapidamente. Nessa vida de quem viaja full time, estamos em vários lugares, mas ao mesmo tempo em lugar nenhum. Quando penso nos primeiros passos dados pela banda, não parece que faz tanto tempo assim”, diz Samuel Rosa, refletindo sobre os 23 anos de história e muitas gerações conquistadas em todo o país.

O tempo não está presente apenas no conteúdo do disco, como também foi relevante para seu processo de construção. Embora o título “Velocia” esteja relacionado à ideia de velocidade, o álbum foi construído de uma maneira mais tranquila do que seus antecessores. Em vez de a banda se confinar em seu estúdio Máquina por três meses, o álbum foi construído aos pouquinhos, com gravações realizadas entre as frequentes viagens da banda.

“Fizemos sem uma urgência de uma data para tudo ficar pronto e isso ampliou as nossas possibilidades. Embora o disco aponte para direções diversas, pudemos escolher em meio ao vasto material produzido 11 músicas com um DNA semelhante”, afirma Samuel.

Mas o que seria esse DNA que liga todas as faixas? “É difícil discriminar, formular um conceito sobre essas músicas. Nesse momento, acreditamos que são as canções que melhor definem o que é o Skank hoje”.

Assinaturas

Todas as faixas são assinadas por Samuel Rosa e parceiros externos ao Skank. São seis com Nando Reis (que também participa de “Périplo” e “Galápagos”), duas com Emicida, uma com Lia Paris (participação em “Aniversário”), uma com Lucas Silveira e outra com o tradicional parceiro Chico Amaral. BNegão criou ainda ótimas e atuais rimas para “Multidão”.

Dessas, talvez a mais interessante seja a parceria com Emicida. Samuel pediu ao amigo paulista que lhe mandasse letras de rap que seriam transformadas em canções formais, com a cara do Skank.

“A primeira experiência, na verdade, foi com Fausto Fawcett. Ele havia me mandado uma letra enorme, que mais parecia um pergaminho, que ele dizia ser um rap. Disse que não tinha como cantá-lo daquela forma e ele me deu carta branca para mexer no texto. Assim nasceu ‘Balada do Amor Inabalável’. Com o Emicida foi mais fácil. Ele mandou textos mais curtos”, conta.

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