"Truth, fiction" é uma das atrações da programação de aniversário do CCBB-BH

Hoje em Dia
09/08/2015 às 11:56.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:17
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

No próximo dia 27 de agosto, o Centro Cultural Banco do Brasil BH completa dois anos de funcionamento com bons motivos para se orgulhar: o espaço, localizado na Praça da Liberdade, já recebeu mais de 1,4 milhão de visitantes e figura no ranking dos museus mais visitados do mundo, ocupando a 95ª posição, segundo a edição de abril deste ano da revista britânica “The Art Newspaper”N

De acordo com a assessoria de imprensa, desde a inauguração, foram realizados 86 projetos, entre patrocínios e cessões de espaço, contemplando diversas expressões artísticas.

Atualmente, o CCBB BH sedia, entre outras atrações, uma mostra que ratifica sua importância: “Leonilson: Truth, Fiction” reúne mais de 150 obras do cearense José Leonilson Bezerra Dias (1957-1993). Até a última quinta-feira, 12.265 pessoas já haviam visto os trabalhos. O Hoje em Dia foi até o espaço e conversou com alguns dos visitantes.

Caso da estudante de Desenho Industrial Michelle Borges Prado, 21 anos, que, na verdade, veio do Rio de Janeiro para visitar o Inhotim. Mas aproveitou para conhecer BH – e se deparou com a exposição de Leonilson. “Gostei muito da série ‘As ilustrações’. Achei esta obra, em especial, despretensiosa”, diz.

O designer Adriano Oliveira, 25, destaca a sensibilidade do artista. “Percebi que o trabalho do Leonilson é muito visceral. Parece que fazia o que estava sentindo naquele momento. Sinto que cada coisa era como uma explosão do momento e, por isto, acho que se arriscava no que fazia. Também fiquei impressionado em saber que produziu um número tão grande de obras em tão pouco tempo”, afirma.

INUSITADO

Tanto Michelle quanto Oliveira foram levados à exposição pelo mestrando em Geologia Fernando Crincoli, 26, que visitava o conjunto pela segunda vez.
“Leonilson costumava usar elementos da geografia, muitas obras possuem referências a países e ao próprio Brasil. Achei bem interessante também uma obra com copinhos, na qual coloca todos dentro, como se fossem iguais. Ao mesmo tempo, percebo que há obras abstratas e outras que me pareceram ter um apelo sexual”.

Sobre o CCBB BH, Crincoli diz: “Frequento o espaço e essa mostra, achei uma das mais diferentes. Porém, a que mais gostei até hoje foi a exposição ‘Ciclo’. Foi a mais inusitada e surpreendente, porque a gente sempre tende a esperar pinturas e desenhos, por exemplo, e não a encontrar instrumentos musicais feitos com armas. Gostei muito”, destaca.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por