Um encontro inusitado entre baixo, bandolim e acordeom

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
07/04/2014 às 07:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 01:59
 (Divulgação)

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Thiago Espírito Santo decidiu sair do Teatro Mágico para se dedicar totalmente à carreira solo. Decisão difícil, certamente, pois deixou um projeto que atrai um grande público apaixonado para apostar na música instrumental. Mas o baixista não se arrepende e demonstra intensa empolgação com seu recém-lançado “Alma de Músico”, lançado de forma independente.

O álbum chama a atenção por sua formação completamente inusitada. O repertório, de nove faixas, foi desenvolvido pelo baixo de Thiago, aliado ao bandolim de Fábio Peron e o acordeom de Mestrinho – dois músicos bastante requisitados.

O resultado é uma sonoridade bastante brasileira, mas com um quê de ineditismo, de um bom estranhamento. “Conheci o Fábio e o Mestrinho no aniversário de uma amiga. Cheguei às 22h, começamos a tocar juntos e, quando olhei para o relógio, já era 1h da madrugada. Naquela hora percebi que havia encontrado a formação ideal para o meu disco. Houve uma química”, lembra Thiago Espírito Santo, que é filho do multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo e da pianista Silvia Goes – que participam de “Alma de Músico” com composições e execuções.

Olho no olho

As gravações foram feitas ao vivo no estúdio, na base do “olho no olho”, segundo o baixista. “Foi um encontro feliz. Consegui colocar a minha identidade na música brasileira, mas com uma roupagem moderna, diferente, inusitada por ter unido um instrumento do choro com um do forró, fazendo o meio de campo com o baixo elétrico”.

“Alma de Músico” é o quinto trabalho de Thiago. O artista já trabalhou com artistas de alto nível – como Toninho Horta, Hermeto Pascoal e Maria Bethânia – e chegou a ser indicado para um Grammy Latino em 2012, por ter comandado a produção do álbum “Choro Chorado”, de Oswaldinho do Acordeon.

Mas, em 2014, o foco será dado totalmente a “Alma de Músico”. O show de lançamento aconteceu em São Paulo e agora há negociações em Minas, Brasília, Nordeste e Europa. “Tive que priorizar. Não consigo fazer várias coisas. Para mim, é 100% ou zero”.

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