(Reprodução/Facebook)
Quando o assunto é Shangela Laquifa Wadley, “Halleloo” é provavelmente a primeira coisa que vem à cabeça de qualquer fã de “RuPaul’s Drag Race” – popular reality show que coloca várias drag queens em disputa pelo título de “Superestrela Drag”. A expressão é o símbolo último da artista, que embora tenha não tenha vencido nenhuma das três temporadas em que participou do programa, foi coroada pelos fãs como uma das rainhas da competição.
Não há dúvidas de que o show teve um impacto gigantesco na carreira de Shangela – e ela soube aproveitar muito bem isso. O trabalho da performer, que teve sua primeira aparição no programa em 2010, ultrapassa os limites da TV: agora ela atravessa o mundo se apresentando. “Estou atualmente em uma turnê por 170 cidades”, conta ela, que desembarca hoje em Belo Horizonte para ser a atração principal da festa “Gayzada”. “Vai ser a minha primeira vez visitando a cidade, então estou muito animada para trazer um show inesquecível cheio de energia, dança e comédia”, promete Shangela.
Mas a queen não fica somente no palco. Além das apresentações que misturam dublagem, dança e comédia stand-up, Shangela também se desdobra em outras atividades. No campo musical, ela já lançou vários singles e parcerias– uma das mais recentes com o DJ, produtor e cantor norte-americano Ryan Skyy´ na música “Pay Me”. Além disso, ela gerencia há quatro anos uma empresa especializada em orientar a carreira de outras drag queens. Shangela ainda trabalha como atriz e já fez participação em séries como “Glee”, “Bones”, “Community”, “Terriers”, “Dance Moms”e “2 Broke Girls.
Foi trabalhando como atriz que a artista realizou um de seus grandes sonhos: atuou ao lado de Lady Gaga e Bradley Cooper no esperado “Nasce Uma Estrela”, que estreia em outubro. “Eu interpreto uma divertida e non-sense drag queen que é dona de um bar e gosta muito da personagem da Lady Gaga” adianta ela.
Representatividade
Com fama mundial, Shangela é indiscutivelmente um dos grandes nomes LGBTs na mídia. Ela conta que foi justamente pela visibilidade que surgiu seu desejo de trabalhar na televisão. “É importante que sejamos vistos para que as pessoas em casa saibam que existem gays por aí que são como eles e, também, que eles podem alcançar qualquer sonho pelo qual estejam dispostos a trabalhar”, diz.
Outro campo onde Shangela reforça a representatividade é na arte drag e, nesse contexto, ela ressalta a importância do programa pilotado por RuPaul. “Eu definitivamente acredito que o show teve um grande impacto na quantidade de atenção focada no mundo drag no mundo de hoje. Porque ele se espalhou não apenas na comunidade LGBT, mas também fora dela. Mais pessoas estão vendo as queens como pessoas com as quais podem se identificar”, pontua. “Nós poderíamos ser seu filho, seu marido, seu vizinho, qualquer um. Drag não é mais uma ideia distante, mas sim algo que todas as pessoas estão começando a se identificar e se inspirar”, finaliza.
SERVIÇO“Gayzada’ com Shangela, hoje, às 23h no Deputamadre (Av. do Contorno, 2028 – Floresta). Ingressos: R$ 40 e R$ 140 (camarote + meet and great).Vendas no Sympla