Uma tarde no museu: programa em alta para toda família

Giselle Araújo - Hoje em Dia
28/09/2013 às 08:29.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:51

Um programa sempre em alta para toda a família é visitar museus e fazer um interessante, curioso e divertido passeio pela cultura. Para incentivar o acesso a diferentes manifestações artísticas, como pintura, ilustração e teatro, o Museu Inimá de Paula, por exemplo, promove visitas programadas para estudantes e o público em geral.

Além de apresentar seu rico acervo de obras do pintor e outros artistas, o museu oferece noções de educação patrimonial, ressaltando a importância da preservações dos bens culturais, desde as obras de arte do museu à sua arquitetura. “É a primeira vez que visito um museu, é tudo muito legal, os quadros são bem coloridos e interessantes”, diz Gabriel Lucas Pereira da Costa, de 13 anos, que visitou o museu com os colegas da Escola Municipal Cora Coralina, do bairro Copacabana. O quadro “Cajus” chamou a atenção do garoto. “Achei muito bonito, com cores chamativas”, afirma.

No Inimá de Paula, os visitantes conhecem um pouco da vida do artista através de suas obras catalogadas, memórias e da biblioteca com uma enorme diversidade de livros, entre, obras literárias, dicionários de inglês, espanhol, francês, italiano e japonês, produtos das inúmeras viagens ao exterior feitas por Inimá.

“Gostei de conhecer o ateliê onde o Inimá de Paula trabalhava, um lugar cheio de materiais, livros e desenhos”, diz Anna Clara Ribeiro, de 13 anos, que ficou atenta às informações que o monitor passou sobre o pintor, mostrando o ateliê remontado no museu, com parte do que pertencia ao pintor como pincéis, paletas, tubos de tinta, cavaletes, espátulas, fotos, gravuras, fotos, slides, dentro outros.

Cenário reproduz ateliê com materiais do artista

No ateliê remontado fielmente, os estudantes viram um esboço do próprio artista e a maleta de pintura do Inimá. “Muito legal ver o material que ele usava de verdade”, diz Luiz Fernando de Souza Silva, de 13 anos. Bruna de Almeida Inácio, 12, e Yago Ferreira, também gostaram do cenário. “Eu colocaria um quadro desses na minha casa”, diz Bruna. “Achei o autorretrato muito legal”, ressalta Yago.

Cores e emoções do circo nos quintais da infância

O Museu Inimá de Paula recebe trabalhos de diferentes artistas no decorrer do ano. Uma exposição de lindos quadros inspirados no universo do circo encanta o público até dia 6 de outubro no Museu Inimá de Paula. As obras do artista plástico Ricardo Ferrari, de 62 anos, retratam antigas referências e brincadeiras de infância nos quintais em 60 telas da exposição Quintais de Ferrari. Terça, quarta, sexta-feira e sábado, das 10h às 19h; quinta-feira, das 12h às 21h; domingo, das 12h às 19h.

Portas abertas para visitantes das escolas

O Projeto Educativo Museu Inimá de Paula promove cerca de cinco visitas guiadas (com duração de uma hora) por semana para escolas públicas entre a parte da manhã e da tarde, com 50 alunos por horário. Já nos fins de semana, os arte-educadores se voltam para o público espontâneo, que deseja conhecer as exposições em cartaz. Os interessados em fazer o passeio pelas galerias do museu, que fica na Rua da Bahia, 120, Centro, podem entrar em contato pelo número (31) 3213- 4320. A entrada é gratuita.

Muita tinta e sensibilidade

Inimá José de Paula (1918-1999) foi pintor, desenhista e professor. Artista autodidata, fez trabalhos ricos em tonalidades e sensibilidade. Inimá foi um “artesão das cores” e é considerado por muitos o maior fauvista brasileiro, o maior de todos os artistas plásticos contemporâneos mineiros. Fauvismo: tendência estética da pintura, surgida no final do século XIX que tinha como características principais o uso exacerbado de cores fortes e o teor dramático nas obras.

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