Vídeo de Natal reúne, de forma remota, artistas do Palácio das Artes e convidados

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
23/12/2020 às 08:14.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:23
 (REPRODUÇÃO)

(REPRODUÇÃO)

Como maestrina do Coral Lírico de Minas Gerais, Lara Tanaka fez toda a preparação dos coralistas. Na hora H, porém, a “batuta” ficou mesmo com os diretores do vídeo que será disponibilizado hoje, às 19h, nas redes sociais da Fundação Clóvis Salgado. O Coral se juntou à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, à banda Happy Feet Jazz e aos bailarinos do BeHoppers para, de forma remota, criar uma versão da canção natalina “Mr. Santa”.

Todos os artistas, com exceção do BeHoppers, gravaram as suas partes de casa, devido à pandemia. “Uma coisa é você ensaiar com todo mundo junto e depois cantar no mesmo lugar. Outra coisa é não ter este ensaio. Quem foi o verdadeiro regente, para mim, são estes editores, que realizaram um trabalho muito artesanal de pegar os vídeos enviados e fazer a sincronia acontecer. Eu apareço regendo, mas é meramente ilustrativo”, diverte-se.

Não é a primeira vez que os quatro grupos se encontram na véspera de Natal. Em 2019, eles fizeram um concerto natalino, de forma presencial. “Esse namoro começou na sala de ensaio do Coro, já que o nosso pianista, Fred Natalino, é da Happy Feet. Eu sempre gostei de realizar estes casamentos de áreas diferentes, levando os músicos a terem uma flexibilidade para experimentarem outros tipos de repertório”, registra a maestrina.

A proposta agora é bem diferente – e mais complexa. No ano passado, eles promoveram um concerto de mais de uma hora, em que “Mr. Santa” era uma das músicas do programa. Apesar de o vídeo ter menos de quatro minutos, a dificuldade de unir tantas vozes e instrumentos foi grande. “Não é possível fazer uma regência on-line, porque há uma defasagem. O que fizemos foi mandar algumas indicações de interpretação e articulação”.

Na avaliação de Lara, os artistas tiveram que se reinventar para se manterem em atividade. “No início, foi complicado para eles entenderem que existe um novo fazer, tendo que ser profissional com o que se tem no momento. Houve muita resistência, principalmente dos mais velhos não habituados à tecnologia”, salienta a maestrina, que deu dicas aos músicos e cantores de como usar a câmera do celular e sobre compor um cenário durante as gravações.

“Cada artista tem que ser o produtor de si naquele momento. Ele tem que fazer a luz, o cenário e a maquiagem e colocar a câmera num posicionamento legal, além da parte musical. Se você comparar o primeiro vídeo que fizemos no formato e este agora, é perceptível a produção de cada músico em casa. Para ‘Mr. Santa’, o diretor pediu para colocar alguma coisa que remetesse ao Natal. Menos gorrinho, que é muito óbvio. E eles compraram a ideia”, analisa.

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