Pabllo Vittar desembarca em BH neste sábado

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
19/04/2017 às 11:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:11

Se você caiu na folia, a chance de ter escutado a voz marcante de Pabllo Vittar e de ter ficado com os versos de “Todo Dia” grudados na cabeça é gigante. Dona de um dos hits do Carnaval 2017, a cantora se apresenta em BH neste sábado (22), na festa “VHS Sem Frescuras” – os ingressos esgotaram em apenas uma semana.

Pabllo Vittar é dona do vídeo de drag queen mais assistido da história do YouTube. O clipe de “Todo Dia” tem mais de 11 milhões de views


Além de ser um dos grandes nomes da música pop brasileira atual, Pabllo é também uma prova de que o universo das drag queens tem alcançado um público cada vez maior e mais diverso.

“Começamos a trazer drags a BH em 2015. Hoje o público está bem diversificado. Essa apresentação da Pabllo foi procurada por gente que não frequentava a festa antes”, conta Ed Luiz, produtor da festa @bsurda.

Cena Drag em BH é forte
Quando se fala em drag queens, a capital mineira tem, inclusive, um papel de destaque. “BH tem um interesse grande nessa temática. São vários coletivos artísticos como o ‘Toda Deseo’, a festa ‘Dengue’, que tem o duelo de Vogue, e até um movimento de mulheres que estão fazendo drag”, destaca Valmique Júnior, jornalista e editor-chefe do Muza, portal de entretenimento voltado para o público LGBT.

Mas não foi sempre assim. Antes ligadas a cenários mais marginalizados e underground, as drags tiveram como impulso o sucesso do reality show norte-americano “RuPaul’s Drag Race”. Disponível na Netflix, o programa é uma espécie de competição que coroa a melhor queen de cada edição.
“RuPaul popularizou as drags, tanto nas baladas como em outros ambientes. Até mesmo festas de família, como casamentos, chás de panela”, conta Ed Luiz, que já trouxe várias estrelas do reality a BH.

Para Valmique Júnior, a popularização de programas como RuPaul’s e a própria presença das drag queens na música são sinônimos de avanços nas causas LGBTs. 

"Se por um lado a gente tem visto muitos casos de LGBTfobia, por outro a gente vê que tem um crescimento da visibilidade por meio da arte e do entretenimento. São bons espaços para isso, são meios mais fáceis das questões LBGT chegarem à massa”, finaliza o jornalista.

Serviço: “VHS Sem Frescuras” – Neste sábado (22), a partir das 22h, n’O Mercado (av. Olegário Maciel, 742, Centro). Ingressos esgotados

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