Titãs celebram, neste sábado, em BH, disco acústico lançado em 1997

Paulo Henrique Silva
29/11/2019 às 09:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:51
 (SILMARA CIUFFA/DIVULGAÇÃO)

(SILMARA CIUFFA/DIVULGAÇÃO)

“Se Keith Richards já cantou, o Tony também pode”, diverte-se Sergio Brito ao comparar os guitarristas de Rolling Stones e Titãs, historicamente pouco afeitos a soltar a voz no palco. Com apenas três remanescentes da formação original, o grupo brasileiro levará ao público, neste sábado, no KM de Vantagens Hall, um show com muitas novidades – entre elas, a de Belotto cantar “Pra Dizer Adeus” e “Querem Meu Sangue”.

“É uma novidade gostosa de se ver. Nos ensaios, a gente se acostumou a ver Tony cantar, mas com um grupo cheio de cantores ele deixava para os outros, concentrando-se na guitarra”, registra Brito, que forma o chamado trio de ferro dos Titãs ao lado de Belotto e Branco Mello, responsável por manter ativo o trabalho do grupo após cinco baixas (nomes como Arnaldo Antunes, Nando Reis e Paulo Miklos) em 37 anos de trajetória. 

E essa longa história, recheada de hits do rock nacional, é lembrada no show “Titãs Acústico”, que homenageia um dos discos mais vendidos da banda – o “Acústico MTV”, lançado em 1997. Não se trata de mero resgate, como deixa claro Brito. “É uma celebração, com certeza. Mas transcrevemos aquele material para um outro formato, de maneira mais despojada, com baixo, violão e piano, o que dá frescor àquele repertório”, afirma.SILMARA CIUFFA/DIVULGAÇÃO / N/A

 SHOW – Os três remanescentes do Titãs se apresentam neste sábado, às 22h, no Km de Vantagens Hall (Avenida Senhora do Carmo, 230 – São Pedro), com ingressos a partir de R$ 40

BASTIDORES

Além das canções que compuseram o disco, o trio acrescentou outros hits, como “Enquanto Houver Sol” e “Epitáfio”. Pela primeira vez os titãs aproveitam para contar um pouco de história, dos bastidores das canções a curiosidades. “A gente sempre falou pouco nos shows, pois a nossa marca sempre foi o som. Resolvemos mudar isso, até porque a intenção era fazer algo intimista, em teatros pequenos. A resposta vem sendo interessante”, destaca.

Com a saída de vários integrantes que imprimiram suas vozes em alguns hits (“Marvin” e “Pra Dizer Adeus”, por exemplo, ficaram eternizadas na interpretação de Nando Reis), o critério para redistribuir as canções foi por autoria. “Escolhemos aquelas que nos identificamos, que compusemos, mesmo quando feitas em parceria com os outros. ‘Comida’, por exemplo, é minha, do Arnaldo e do Marcelo (<CF36>Fromer</CF>) e eu que canto no show”.

A apresentação, sublinha Brito, vai num crescendo, começando com cada um dos três sozinho no palco até se juntarem (o trio vira quinteto com o acréscimo de Beto Lee e Mario Fabre), resultando em duas horas de espetáculo. O projeto, que começou de maneira despretensiosa, tomou volume e agora pode virar disco, o primeiro só com o trio. “Como estes arranjos ficaram diferentes e bacanas, as pessoas estão pedindo para registrar”, comemora.

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