Virada Cultural de BH reunirá 440 atrações culturais em 25 espaços; saiba mais

Bernardo Almeida
10/07/2019 às 11:43.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:28
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Após hiato no ano passado, a Virada Cultural volta a ser realizada em Belo Horizonte nos dias 20 e 21 de julho. Encabeçada por nomes como Moraes Moreira, Daniel Mercury e Djonga, esta edição contará com 440 atrações já confirmadas em 10 palcos e outros 15 espaços no hipercentro da cidade durante 24 horas. 

Das 19h do sábado até às 19h do domingo cerca de 500 mil pessoas são esperadas na região e, para facilitar a locomoção entre uma atração e outra, a avenida Afonso Pena será fechada para o trânsito desde o Palácio das Artes até as proximidades da praça da rodoviária. Também não haverá tráfego de veículos em vias adjacentes, como o trecho da avenida Amazonas entre a Afonso Pena e a Praça da Estação, e o viaduto Santa Tereza.

No cartão postal que liga o hipercentro ao bairro Floresta será montado um espaço pet, onde os donos de animais de estimação receberão informações sobre adestramento, dicas de cuidados e haverá também um varal de adoções.

O evento é organizado pela Secretaria Municipal de Cultura, junto com a Fundação Municipal de Cultura e o Instituto Periférico, que ficou responsável pela logística da Virada. "Nós queremos trazer a experiência do inusitado, a pessoa sair para ver um show e ser impactada por todas as sensações que o hipercentro oferece", explica Gabriela Santoro, presidente do Instituo Periférico. Além de artistas convidados, foram selecionados 136 de 1.554 artistas locais para se apresentarem.

"Ao longo do percurso temos ações e atividades acontecendo o tempo inteiro, não só nos palcos principais, então não é só preparar um, é estar preparado também para as surpresas que vai encontrar, que são muito interessantes”, ressalta a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin. “Você não sai para ver um evento, você sai para ter uma experiência com a cidade, com a cultura e com a cidade”,

A edição de 2019 vem assegurar a tradição da festividade, segundo o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira. "A Virada se consolidou como um evento referência da cidade, é um momento em que as pessoas de diversas partes vêm para o centro para desfrutar de música e outras linguagens artísticas, isso é muito importante para a cidade, para as pessoas, para uma certa integração e sentimento de pertencimento e para qualificar BH como uma das capitais mais importantes da cultura no Brasil". 

Com orçamento previsto de R$ 2,446 milhões para este ano, o secretário celebra poder voltar a sediar o evento, que não ocorreu em 2018. "Eu não quis fazer no ano passado porque os recursos eram tão poucos que nós não teríamos condições de fazer uma Virada minimamente qualificada que desse continuidade às anteriores, que foram muito boas".  

Confira o mapa que indica os principais palcos da Virada:Fundação Municipal de Cultura / N/A

Lançamento

A programação de momento - ainda sujeita a inclusões e negociações - está exposta desde a manhã desta quarta-feira em murais desenhado sem tapumes de um prédio em construção na esquina da rua Rio de Janeiro com a avenida Amazonas, na Praça Sete. A intervenção atraiu a atenção de olhares curiosos que passavam pelo local, como o aposentado Manoel Francisco dos Anjos, 76. “Eu gosto mais de música romântica, ou de um samba bem feito, mas acho difícil ir em algum evento porque é de noite”, disse, antes de ser alertado que a programação se estende durante todo dia. Manoel foi informado por um amigo que haveria um show de Moraes Moreira, e o horário de 23h20 não foi capaz de dissuadi-lo. “Ah, é aqui no parque, acho que vou sim, moro aqui perto no centro mesmo”.

Nem mesmo o frio de 15º impediu a apresentação do grupo Orbitais Pole dance, desde às 10h da manhã. O frio tornou a performance difícil, mas o jeito foi aquecer bastante antes para suportar o vento gelado. “O poste está gelado, mas para manter o equilíbrio é preciso o contato da pele, então não dá para se cobrir com mais roupa”, explica Letícia Couí co-proprietária do estúdio juto com Taís Daher. “É preciso que as pessoas vejam o pole dance para entender como uma dança, não apenas como algo sensual”, reforça Letícia.

Quem também esteve presente foi Daniel Neto (Nenel), responsável pela Virada Gastronômica e que durante 2 meses visitou entre 60 e 70 estabelecimentos , dos quais selecionou 30. “Haverá todo tipo de comida, desde comida de padaria, a comida de rua e restaurantes”, adiantou Nenel, que destacou que o preço máximo será de R$ 20 pelas iguarias. Uma curiosidade no cardápio é o carpaccio de jiló, da barraca do Alair. “Ele serve carne na Feira Hippie, e ele tem essa opção vegana que é muito boa, feita com conserva de jiló, alcaparras e alho e que pouca gente conhece”.

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