Whitesnake ‘incendeia’ Belo Horizonte com clássicos e novos petardos do hard rock

Thiago Prata
26/09/2019 às 00:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:56
 (Thiago Prata)

(Thiago Prata)

No dia 25 de setembro de 2016, o Whitesnake proporcionou um show que hipnotizou seus súditos mineiros, no antigo BH Hall. Exatos três anos depois, no mesmo local, rebatizado de KM de Vantagens Hall, o grupo inglês fez valer a máxima do vinho, de que “quanto mais velho melhor”. Isso porque a banda capitaneada pelo vocalista David Coverdale demonstrou na noite dessa quarta-feira (25) que a aura hard rock permanece intacta, e os músicos, cada vez mais consistentes em cima do palco.

Isso sem contar no show à parte protagonizado pelo próprio Coverdale, que, três dias antes, completou 68 anos, mas que esbanja a mesma energia daquele ‘trintão’ que entoava com fervor hits como “Still of the Night” e “Is This Love” na segunda metade da década de 80. Clássicos esses que se juntaram a tantos outros sons das antigas e canções do mais recente disco “Flesh & Blood” (2019), nessa noite.

Antes do Whitesnake, o público mineiro assistiu à apresentação do Doctor Pheabes. Em turnê de promoção do álbum “Army of the Sun”, lançado neste ano, a banda paulista fez um concerto correto, porém, curto, com menos de meia hora de duração. O quinteto ainda saiu do palco mais cedo do que se esperava, sendo impedido de tocar a ‘saideira’. Mesmo assim, causaram boa impressão com canções como a faixa-título do novo álbum e “Stranded in Love”.

A seguir veio o ‘prato principal’. Por volta das 21h40, saía dos autofalantes “My Generation”, do The Who, algo que já virou tradição nos shows do Whitesnake. Era o indicativo de que, após esse clássico, Coverdale e sua trupe começariam uma festa regada a muito rock’n’roll, virtuosismo por parte dos instrumentistas e, obviamente, uma grande performance de seu líder. Dito e feito!Thiago Prata / N/A

“Bad Boys” abriu os trabalhos, mostrando de cara que o som do KM de Vantagens, outrora tão contestado, estava mais do que aceitável na noite em questão. Durante quase 1h20 de show, o Whitesnake destilou músicas ‘old school’, sobretudo revisitando discos como “Slide it In” (1984) – estiveram presentes temas como “Slide it In” e “Love Ain't No Stranger” – e “Whitesnake” (1987) – vide “Here I Go Again”, “Give me All Your Love” e as já citadas “Bad Boys”, “Is this Love” e “Still of the Night”.

Também houve espaço para material novo, no caso “Hey You”, “Trouble Is Your Middle Name” e “Shut Up & Kiss Me”, executadas de forma primorosa pelos guitarristas Reb Beach e Joel Hoekstra, o baixista Michael Devin e o baterista Tommy Aldridge. Este último, aliás, ainda presenteou seus fãs com um técnico solo de bateria – chegou, inclusive, a tocar utilizando as mãos, deixando as baquetas de lado.

Curiosamente – e isso meramente opinativo –, a canção mais “vibrante” do show não pertencia ao Whitesnake, mas, sim, ao Deep Purple. “Burn”, oriunda do trabalho de mesmo nome, dos tempos em que Coverdale era o frontman do Deep Purple, fechou a apresentação com aquele clichê que todo mundo gosta de exaltar: “com chave de ouro”.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por