Após morte de transexual, belgas apoiam eutanásia para menores e portadores de Alzheimer

AFP
02/10/2013 às 10:49.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:59

A maioria dos belgas, 75%, é favorável à extensão da autorização para eutanásia para menores e pessoas portadoras do Mal de Alzheimer, segundo pesquisa publicada nesta quarta-feira (2).

A lei belga de 2002 autoriza a eutanásia em certas condições a maiores de 18 anos, que dispõem de todas suas faculdades mentais. Em 2012, 1.432 pessoas se submeteram à eutanásia sob este amparo da lei, o que 2% das mortes no reino.

Na segunda-feira (1º), um belga de 44 anos foi submetido ao método depois de uma mudança de sexo fracassada. Seu médico alegou que seu sofrimento psicológico era insuportável.

Nathan Verhelst morreu em um hospital de Bruxelas, na presença de vários amigos, depois de uma longa batalha para conseguir a aprovação do pedido de eutanásia em um país onde a prática é legal desde 2002.

Mas os casos de menores de idade gravemente doentes ou de pessoas portadoras de algum tipo de demência levaram os parlamentares a examinar a possibilidade de estender a lei aos menores "capazes de discernir" e a pessoas com algum tipo de demência.

A maioria dos partidos políticos se pronunciou a favor de uma modificação neste sentido, mas a adoção do texto foi freada pela oposição das formações democrata-cristãs e centristas a coalizão governamental.

A pesquisa publicada pelo jornal La Libre Belgique, com base em uma amostragem representativa de 2.714 belgas, indica que uma grande parte da população deseja essas mudanças na lei.

A respeito das crianças, a pergunta apresentada difere do texto preparado pelo Parlamento, já que cita o caso de menores de idade que "não estariam com a capacidade de discernir", por exemplo em um caso de coma.

Trinta e oito por cento dos entrevistados se declara 'muito a favor' e 36% 'a favor' da medida, e apenas 6% 'totalmente contra. Em Flandes (norte) foi a região em que a maioria das pessoas é a favor da indução à morte, com, 75%. Em Bruxelas, 70% das pessoas também disseram sim à pesquisa.

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