
uma nova função na organização".
Trata-se de mais uma das respostas da associação após receber críticas sobre as decisões das lutas nos Jogos Olímpicos do Rio. Um dia antes, a entidade afirmou que revisou todas as lutas de boxe da Olimpíada e anunciou o afastamento dos juízes cujas decisões "não estavam no nível esperado" pela entidade.
A medida foi anunciada nesta quinta-feira (18) por meio de nota. Com a decisão, o vice-presidente do comitê executivo e presidente da Confederação Europeia de Boxe, Franco Falcinelli, da Itália, passa a ser responsável pela organização do torneio de boxe olímpico. "As decisões tomadas enfatizam que a Aiba não irá se esconder de suas responsabilidades e continuará a assegurar um campo de disputa esportiva claro e transparente", declara a associação.
Detalhes sobre os motivos exatos dos afastamentos não foram divulgados. Questionada, a Aiba não respondeu.
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Críticas
A associação de boxe foi bastante criticada por atletas que competiram na Rio-2016 e discordaram dos resultados das lutas. O atleta que mais reclamou das decisões de árbitros na Olimpíada do Rio foi o irlandês Michael Conlan, que compete na categoria até 56 kg (peso galo). Após ser derrotado por decisão unânime pelo russo Vladimir Nikitin nas quartas de final, o atleta tirou a camisa, ainda no ringue, e mostrou o dedo do meio aos juízes e oficiais da luta.
Segundo o jornal britânico "The Guardian", Conlan gritou em um microfone ao lado do ringue que os juízes "são conhecidos por serem trapaceiros. Eu nunca mais vou lutar nessa competição de novo. Acho que o boxe morreu. [A disputa] É entre quem pagar mais dinheiro. Quem tiver mais [influência] vence".
Entre os lutadores que também reclamaram ao longo da competição estão oponentes derrotados por brasileiros, como o cubano Lázaro Álvarez (que perdeu para Robson Conceição) e o argelino Abdelkader Chadi (derrotado por Joedison Teixeira).
Às vésperas da Olimpíada, o "Guardian" também denunciou casos de corrupção e de compra de lutas na modalidade após conversar com boxeadores e oficiais ligados à entidade. Sobre as acusações de corrupção, a Aiba afirmou que continuará a proteger a integridade do esporte e de seus árbitros, "a menos que evidências tangíveis sejam apresentadas, não rumores". "A organização não será dissuadida por julgamentos subjetivos feitos por envolvidos descontentes", afirmou a associação no comunicado. "Nós convidamos todos os envolvidos a providenciar provas para que tomemos ações apropriadas e imediatas."