Aposta em franquia de aparelhos auditivos

Giulia Mendes
gandrade@hojeemdia.com.br
24/03/2016 às 18:04.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:38
 (Divulgação)

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“Não tenho tempo para pensar em crise”, é a resposta da empresária e fonoaudióloga mineira Andréa Abrahão, de 37 anos, quando questionada se a recessão da economia no país afetou seu negócio. “Trabalhamos com a audição, necessidade primária das pessoas, portanto não temos uma crise instalada neste setor”, completou.

Ela é fundadora da Direito de Ouvir, rede especializada em reabilitação auditiva com seis unidades no país, uma delas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Em 2015, o faturamento da empresa cresceu cerca de 45%, segundo Andréa, e foram credenciados, por mês, uma média de cinco pontos de atendimento, totalizando 92 lojas conveniadas com a marca.

Natural de Uberaba, Andréa saiu de casa aos 18 anos para estudar em Franca, no interior de São Paulo, onde abriu a primeira unidade da Direito de Ouvir, em 2007.

“Na época, conheci uma paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) que já havia ganhado um aparelho auditivo, mas ele estragou. Como ela não tinha condições de comprar outro, disse que venderia a própria casa para conseguir um aparelho, pois era muito caro. Foi então que tive a ideia de abrir a empresa e alcançar um volume de vendas que permitisse valores mais acessíveis à população”, contou.

Seis anos depois, a Direito de Ouvir já era uma das maiores do país, competindo com marcas que estavam no mercado há mais de 40 anos. Em 2014, a empresa se fundiu com a maior do mundo em fornecimento de aparelhos auditivos, a Amplifon, com mais de 5 mil franquias em 22 países. “Eles buscavam um parceiro na América Latina e se identificaram com a nossa política”.

FRANQUIA

Hoje, Andréa e o marido, Frederico Abrahão, de 38 anos, que mudou de ramo para atuar como CEO da empresa, apostam na venda de franquias para crescer ainda mais. “Tivemos que partir para o modelo de franquias devido a grande demanda. Estamos com três aberturas programadas para os próximos meses”, disse Andréa.

Para abrir uma unidade da Direito de Ouvir, é necessário um investimento inicial de R$ 135 mil. Mais R$ 76 mil para compra de móveis e equipamentos, e capital de giro de R$ 50 mil. A taxa de franquia é R$ 45 mil. Os proprietários prometem faturamento médio mensal de R$ 50 mil e lucro líquido a partir de 13% num prazo de retorno de 16 a 24 meses.

DEMANDA
Se engana quem pensa que só os mais velhos é que estão suscetíveis à perda auditiva. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até o fim do ano passado, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos corriam risco de perda auditiva devido à exposição ao barulho causada por hábitos diários como o uso de smartphones. E cerca de 800 milhões de pessoas no mundo já sofrem com a perda auditiva, segundo a OMS.

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