Em seu discurso, a Argentina não tem como base de sua análise sobre a Alemanha a vitória por 7 a 1 sobre o Brasil no Mineirão, mas trata de administrar as consequências psicológicas da histórica goleada. Na final da Copa do Mundo, no domingo (13), os sul-americanos sabem que a confiança germânica é um obstáculo a mais para ser superado no Maracanã.

"Seguramente, eles vêm com muita confiança. Já passaram por cima do favorito, do dono da casa. Vamos estudar para minimizar suas virtudes, como fizemos com todos os rivais", comentou Mascherano, que, como seus colegas, não se surpreendeu com a presença alemã na decisão.

"Para mim, a Alemanha era favorita contra o Brasil. Eu os conheço bem, sei o que podem fazer como time e estão fazendo um grande Mundial. Não é um jogo para tirar os melhores parâmetros, porque fazer sete gols em uma semifinal de Copa do Mundo não é comum. Mas eles têm um respeito mais que merecido", opinou Demichelis, zagueiro que atuou no Bayern de Munique entre 2003 e 2011.

Os argentinos se preocupam com o dia a menos de preparação e do cansaço extra da semifinal, já que só eliminou a Holanda nos pênaltis após empate sem gols por mais de 120 minutos. "Teremos um dia a menos para nos recuperar e 30 minutos a menos, mas vamos tratar de tirar o máximo de nós para chegar da melhor forma", apontou Demichelis."Teremos que dar um passo adiante para jogar essa partida. Estamos na final e não vamos dá-la de presente. Seria uma pena dá-la de presente. Temos que nos preparar da melhor maneira. Estamos cansados, mas é possível, porque esse time mostrou que é capaz", concordou Mascherano.

A sensação mais clara é de que os responsáveis por humilhar o Brasil estão longe de ser imbatíveis. "É possível vencer a Alemanha. Temos que trabalhar, que acabar com essa euforia e pensar no próximo jogo, ver o que o técnico quer para a final. E estar tranquilo, que é o mais importante", declarou o goleiro Romero.