As geladas serras Catarinense e Gaúcha estão prontas para o inverno

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
05/07/2015 às 08:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:46
 (Halder Ramos / Correio do Povo)

(Halder Ramos / Correio do Povo)

Não duvide das imagens que vê nesta página. Não é “Photoshop”: é neve mesmo, e no Brasil. Mais especificamente, nas regiões serranas dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que é onde a ocorrência do fenômeno é mais provável.

A região que tem um pouco mais de costume de ver a neve caindo é a Serra Catarinense, na área de São Joaquim (a capital das maçãs) e Urubici, as cidades mais frias do Brasil.

Basta o inverno chegar que as pousadas e hotéis de São Joaquim e Lages (que fica próximo) ficarem lotados de turistas caçadores de neve. Pois a possibilidade é real. Quase todo ano neva, nem que seja um pouco. O difícil é saber exatamente que dia vai nevar.

Na Serra Gaúcha a situação é parecida, só que a possibilidade de neve é um maior na área dos cânions, como em Cambará do Sul. Na Região das Hortênsias, onde estão Gramado e Canela, a neve já é um fenômeno quase raro, mas de vez em quando dá o ar da graça, e em grande estilo. Foi o que aconteceu em julho de 2013. A neve caiu por alguns dias na região, deixando Gramado, com sua arquitetura de inspiração europeia, com cara de “vila alpina”.

Se, durante o inverno, Gramado já é uma das cidades mais visitadas do país, imagine quando a neve cai. Charme sem igual.

Aproveite as férias de julho para fazer um roteiro rodoviário entre as serras catarinense e gaúcha, que tem algumas das mais belas paisagens do país.

Inexistente em quase todo o Brasil, a neve não é incomum no Sul do país

Falar com um brasileiro, e mais ainda com um estrangeiro, que há lugares no Brasil onde se neva é quase pedir para receber uma gargalhada de volta. E ainda corre o risco de ser considerado ignorante por confundir geada com neve. O fenômeno é tão incomum, e tão “fora de contexto” em um país tropical, que muita gente duvida de que isso realmente ocorra por aqui. Mas há alguns poucos lugares, todos na região Sul do Brasil, em que a neve não apenas ocorre, como é relativamente frequente.

Estamos falando, claro, das regiões serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

O lado catarinense tem uma incidência maior de neve. Não é uma ocorrência constante, diária, mas praticamente todo inverno tem neve em algum momento. O difícil é saber quando. Em geral, os turistas ficam aguardando a previsão da meteorologia. Basta um anúncio de possibilidade, ainda que mínima, de nevar que São Joaquim e Urubici ficam cheias de visitantes.

Essas duas cidades estão na região considerada a mais fria do Brasil. Em 1996, no alto do Morro da Igreja (1.828 metros de altitude), em Urubici, Santa Catarina, foi registrada a mais baixa temperatura já marcada no Brasil: 17 graus abaixo de zero.

São Joaquim é famosa em todo o país pelo cultivo de maças. A partir da fruta, cafeterias e restaurantes da região fazem tortas, doces, conservas e molhos de pratos de inspiração alemã.

O caminho mais bonito para se chegar a São Joaquim e Urubici é através da Estrada da Serra do Rio do Rastro. Cenários de tirar o fôlego estão para qualquer lado que se olhe. Só tome cuidado se estiver chovendo ou nevando, pois a pista fica escorregadia.

Serra Gaúcha

A região serrana do Rio Grande do Sul não recebe neve com tanta frequência, mas alguns lugares, como os cânions do Parque Nacional dos Aparados da Serra e a cidade de Cambará do Sul já têm costume de ter neve caindo entre julho e agosto.

Mas de vez em quando esse bonito fenômeno vai para outras regiões da Serra Gaúcha e chega até a Região das Hortênsias, onde estão Canela e Gramado.

Em julho de 2013, a neve chegou com força (para os padrões subtropicais brasileiros, claro) em Canela e Gramado.

O branco tomou conta das ruas, árvores e telhados de Gramado. A mais charmosa cidade do Sul do Brasil ficou ainda mais bonita, com a neve realçando ainda mais sua arquitetura europeia.

É possível viajar de carro entre as duas serras. Reforçando que é preciso ter atenção à estrada sinuosa. No mais, é manter olhos abertos e câmera a postos.

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