HAVANA - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, condenou nesta quinta-feira o embargo "imoral" dos Estados Unidos contra Cuba e disse que sua organização "não deixará se ser o que quer ser", assim como a ilha.
"Este momento que estamos vivendo juntos (...) permite romper um bloqueio imoral como o que Cuba está sofrendo", disse Assange, em uma videoconferência com jovens cubanos organizada pelo Instituto de Jornalismo de Havana, informou o portal do governo Cubaahora (www.cubaahora.cu).
Ao condenar o embargo contra a ilha, em vigor desde 1962, Assange destacou que o WikiLeaks "aprendeu" com essa experiência e, "como Cuba, não deixará de ser o quer ser" pelas ameaças americanas.
"A situação que Cuba enfrenta (...) é muito interessante para mim, porque luto contra um bloqueio à minha organização e ao meu pessoal por dez anos, e Cuba enfrenta um bloqueio que dura 50 anos", afirmou.
Assange, que é australiano, está refugiado desde junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres para escapar de uma ordem de extradição para a Suécia. Nesse país, pesam contra ele acusações de agressão sexual, o que ele nega.
Além disso, Julian Assange teme ser extraditado para os Estados Unidos, onde o governo quer processá-lo pela divulgação, por parte do WikiLeaks, de milhares de documentos confidenciais vazados pelo então soldado americano Bradley Manning. Recentemente, Manning foi condenado a 35 anos de prisão.