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Ataques marcam o primeiro debate entre candidatos ao governo de Minas

Lucas Borges
lborges@hojeemdia.com.br
17/08/2018 às 00:38.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:58

(Riva Moreira)

A troca de acusações entre o senador Antonio Anastasia (PSDB) e o atual governador Fernando Pimentel (PT) marcou o primeiro debate entre os candidatos ao governo do Estado, realizado na noite desta quinta-feira (16) pela TV Bandeirantes. 

Pimentel e Anastasia responsabilizaram um ao outro pela delicada situação econômica pela qual o Estado atravessa, em que o governo tem dificuldades para pagar o salário dos servidores estaduais. 

Enquanto o tucano criticou a gestão de Pimentel, o petista afirma que herdou um grande déficit da administração do PSDB, o que estaria afetando diretamente na administração dos recursos públicos. 

Também participaram do debate desta quinta os candidatos Marcio Lacerda (PSB), Dirlene Marques (PSOL), João Batista Mares Guia (Rede) e Claudiney Dulim (Avante), que abordaram temas como a educação, segurança pública, saúde e infraestrutura. 

Logo no início do debate, Anastasia questionou o atraso no salário dos servidores, condenando a administração de Pimentel.

Prontamente, o petista atribuiu as dificuldades atuais à gestão do próprio tucano, que o antecedeu no Palácio da Liberdade. 

“O candidato Anastasia conhece bem o governo do Estado, pois foi ele que nos deixou de herança um rombo de aproximadamente R$ 7 bilhões”, disse Pimentel. 

O senador rebateu, destacando que sob seu comando, não houve atraso no pagamento dos vencimentos do funcionalismo. “Durante o meu mandato pagávamos em dia o servidor público, existia o repasse de verbas para todos os municípios e tudo funcionava regularmente. Agora, em menos de um ano e meio do seu mandato essas coisas já não aconteciam”, completou. 

Anastasia ainda defendeu parcerias com o setor privado para promover a recuperação econômica do Estado. 

Educação

Ainda a aguardando a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação a aprovação de sua candidatura ao governo do Estado, Márcio Lacerda comentou a situação da educação em Minas, fazendo questão de lembrar sua atuação no setor enquanto prefeito da capital mineira. 

“Fizemos um enorme esforço em Belo Horizonte para que o ensino avançasse. Conversamos com os professores e ouvimos que falta ao Estado um plano como o que fizemos na capital. Temos de estimular os professores e educadores a acreditarem no governo do Estado. Tenho certeza que conseguiremos criar essa sinergia para estimular os profissionais da educação”, afirmou Lacerda. 

Já o candidato Mares Guia propôs uma mudança no critério de avaliação dos alunos e na relação entre as escolas e as famílias dos alunos”. “Vou voltar com o boletim com nota, que será entregue nas mãos dos pais. Voltarei com plano de valorização dos profissionais e a escola será em tempo integral”, disse o candidato da Rede a Marcio Lacerda, do PSB.

Candidata ao governo pelo PSOL, Dirlene Marques defendeu a redução de custos do governo para otimizar a administração. “Temos que construir as soluções para os problemas que a população enfrenta. Vamos fazer gestão voltada para o social. Não vamos fazer enxugamento da máquina pública, vamos fortalecê-la para que o sistema produza de forma mais descentralizada”, completou.

Claudiney Dulim, por sua vez, criticou a alternância entre PT e PSDB no governo de Minas, defendendo uma nova opção para administrar o Estado. “O primeiro problema que vou buscar é uma auditoria das contas públicas. Segundo problema é liderança sem interesse político. Precisamos renovar e, para isso, precisamos de uma liderança e posso ser esse líder. O Estado está em colapso graças a 16 anos de má administração e eu vou corrigir isso”. 

Regras

De acordo com a emissora, foram convidados os candidatos de partidos que tivessem representação mínima no Congresso Nacional. Os demais concederam entrevistas na sede da Bandeirantes. Foram realizados cinco blocos. No primeiro e no quarto eles fizeram perguntas entre si, no segundo responderam questionamentos de telespectadores e no terceiro de jornalistas do grupo. O último bloco foi destinado para as considerações finais de cada um.

Confira as considerações finais dos seis candidatos: 

Claudiney Dulim: "Essa discussão política de PT e PSDB tem que ser abandonada pois ela ficou 16 anos com o poder e nada fez. Minas eu vou cuidar de você".

Dirlene Marques: "Existe uma desesperança em relação à política graças a estes ex-governantes. Acreditamos que é possível mudar e juntos podemos fazer algo diferente".

Antonio Anastasia: "Precisamos combater a desesperança das pessoas que estão sofrendo com esse governo bobalhão que temos em Minas. Basta você perguntar para quem viveu nosso governo. Pergunte se não era melhor do que é hoje. Por isso, peço o seu apoio, para juntos reconstruirmos Minas".

João Batista Mares Guia: "Não sou líder de gabinete e palácios. Vou liderar pelo trabalho nos interiores, junto aos prefeitos e a sociedade".

Fernando Pimentel: “Quero continuar fazendo um governo descentralizado e junto aos mineiros. Tenho certeza que vamos ter anos muito felizes pela frente e quero encerrar minha participação com uma mensagem do meu coração: Lula Livre!"

Marcio Lacerda: "O buraco é muito mais embaixo do que a gente pensa. Temos que renovar nossa esperança e nossa capacidade para resolver problemas. A pergunta é: quem tem essa capacidade? Quem nunca teve essa oportunidade ou quem já esteve no comando?"

(Riva Moreira)

(Riva Moreira)

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(Riva Moreira)

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