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Quinta-Feira,25 de Abril

Aumentam sequestros na Síria enquanto combates continuam perto de Aleppo

AFP
15/02/2013 às 22:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:02

DAMASCO - Tropas do regime de Bashar al Assad e rebeldes se enfrentaram nesta sexta-feira (15) em combates nos arredores de Aleppo (norte), principal objetivo da guerra no norte da Síria, onde se multiplicam os sequestros por motivos confessionais.

Os grupos rebeldes concentram sua ação nos aeroportos e nas bases aéreas, especialmente no norte, para neutralizar a potência ofensiva aérea do regime, sua principal ferramenta em sua guerra contra os rebeldes que estão muito menos equipados.

Os insurgentes avançaram nos últimos dias no front de Aleppo, controlando o aeroporto militar de Jarrah e assediando o de Mingh.

Além disso, se apoderaram da base 80, encarregada da segurança do aeroporto de Aleppo e do de Nairab. Nos combates morreram 150 soldados e rebeldes, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Os rebeldes tentam tomar al Nairab e destruir a pista de aterrissagem do aeroporto internacional de Aleppo, utilizado pelas forças do regime com fins militares", segundo o OSDH. Por sua vez, "o regime prepara uma ampla operação para tomar a base 80".

Nesta sexta, os insurgentes islamitas tomaram uma base aérea em Hasel, ao leste do aeroporto de Aleppo, e levaram munições.

Recrudescimento dos sequestros

No noroeste do país, os sequestros se intensificaram com mais de 100 civis capturados na quinta-feira por diferentes grupos armados na região de Idleb, segundo o OSDH, que assegurou temer que tivessem um "caráter confessional".

Grupos pró-regime sequestraram mais de 70 pessoas procedentes de povoados sunitas, depois que 40 civis, sobretudo mulheres e crianças, que vinham de localidades xiitas, foram levados por um grupo armado, segundo a organização.

A maioria dos rebeldes que lutam contra o regime é de sunitas, enquanto o clã no poder e seus partidários são alauítas, um braço do xiismo.

Nesta sexta, a violência deixou 107 mortos (32 civis, 42 rebeldes e 33 soldados), segundo balanço provisório do OSDH, ONG radicada na Grã-Bretanha que se apóia em uma ampla rede de militantes e médicos no terreno.

Diante deste banho de sangue que já matou 70 mil pessoas em 23 meses, a oposição se negou uma vez mais a negociar com o presidente sírio, que se aferra ao poder apesar dos apelos repetidos para que deixe o poder.

"Bashar al Assad e a junta de segurança e militar encarregada das decisões que levaram o país à situação atual não fazem parte do processo político nem de nenhuma solução na Síria", afirmou a coalizão esta sexta-feira.

Enquanto a Rússia continua sendo um dos últimos aliados do regime ao qual fornece armas, os serviços de alfândega finlandeses anunciaram esta sexta-feira ter apreendido material militar proveniente da Rússia com destino à Síria no porto de Vuosaari (Helsinque).

Por outro lado, as autoridades sírias denunciaram em mensagem dirigida à ONU o papel "destruidor da Turquia", país que apoia os rebeldes na crise, acusando seu vizinho de abrigar "terroristas da rede Al Qaeda".

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