Autoridades de NY dizem que pacotes suspeitos foram 'atos de terror'

Estadão Conteúdo
24/10/2018 às 15:02.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:24

Autoridades dos Estados Unidos realizaram uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (24) para tratar dos pacotes suspeitos encontrados mais cedo, endereçados a locais como a Casa Branca, residências dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton e para a sede da emissora CNN, entre outros. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, qualificou o episódio como um "ato de terror", enquanto o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, afirmou que os pacotes foram "uma tentativa terrorista, um ataque terrorista", destinado a provocar medo na população. Cuomo comentou que um pacote foi enviado inclusive para seu próprio escritório e disse que não seria surpresa se outros ainda fossem enviados.

"Nossa cidade para alguns é um alvo internacional", disse Cuomo. Comissário de polícia de Nova York, James O'Neill afirmou que aparentemente foi enviado à CNN um pacote com dispositivo explosivo capaz de funcionar. A polícia comentou ainda que foi encontrado um pó dentro de um dos pacotes, que está sendo testado, e que o pacote enviado à emissora parece estar relacionado aos demais. Agente especial do FBI, Bryan Paarmann disse que aparentemente um ou mais indivíduos mandaram vários pacotes suspeitos e que o esquadrão de bombas desativou um dispositivo em um dos pacotes.

Apesar de o governador ter falado na possibilidade de outros pacotes terem sido enviados, o prefeito disse na coletiva que "não há outras ameaças dignas de crédito" neste momento. Ainda assim, Cuomo comentou que haveria reforço policial nas ruas, "como precaução".

Na entrevista coletiva, Cuomo, do Partido Democrata, ainda fez uma crítica velada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem criticado bastante a oposição nas semanas anteriores à eleição legislativa no país. O governador afirmou que as diferenças políticas devem ser respeitadas, mas pediu que se evite o extremismo. Também do partido oposicionista, Di Blasio afirmou que é preciso "evitar declarações de ódio, inclusive desde o topo".

Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que o seu governo não poupará esforços para levar à Justiça as pessoas por trás dos aparelhos e pacotes suspeitos destinados às residências dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton e à sede da emissora CNN.

"Enquanto falamos, os pacotes suspeitos estão sendo inspecionados por agentes federais", revelou o republicano em um evento na Casa Branca sobre a crise de opiáceos no país. "Ameaças ou ataques de qualquer tipo não têm lugar na América."

Mais cedo, o agente especial do FBI, Bryan Paarmann disse que aparentemente um ou mais indivíduos mandaram vários pacotes suspeitos e que o esquadrão de bombas desativou um dispositivo em um dos pacotes.

Trump comentou estar "irritado" com os atos desta manhã e prometeu "chegar ao fundo" do que esteja por trás das remessas suspeitas.

Antes de o presidente subir ao púlpito, a primeira dama, Melania, também se pronunciou, "condenando fortemente todos aqueles que escolhem a violência", após citar os ataques aos Clinton e aos Obama bem como a autoridades públicas e organizações. 

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