Proteção

Baixa cobertura da 3ª dose contra Covid pode impedir fim da máscara em locais fechados na Grande BH

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
01/04/2022 às 07:58.
Atualizado em 01/04/2022 às 08:10
 (Freepik/Divulgação)

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A desobrigação do uso da máscara em locais fechados ainda é uma realidade distante na Grande BH, caso as prefeituras sigam à risca a recomendação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A proteção contra a Covid só deve ser dispensada após elevados índices de vacinação, o que não ocorre na maioria das cidades.

Especialistas afirmam que abandonar o equipamento nesse momento é precoce. No entanto, a decisão caberá a cada município. Em Belo Horizonte, que tem os melhores números de imunização da região metropolitana, o assunto já é discutido, conforme a nova secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro.

“A gente segue a questão epidemiológica, olhando os casos, internação. Nessa gestão vamos ouvir especialistas em cada área para mudanças, mas essa é uma das primeiras coisas que nós vamos discutir e informar a população”, disse a médica, no mesmo dia em que foi nomeada como titular da pasta.

O Estado recomenda que o uso da máscara deve ser mantido até que os municípios atinjam 80% da população acima dos 5 anos com o esquema vacinal completo e 70% com a terceira dose. Além de BH, apenas mais duas cidades estão aptas, ou bem próximas dos índices. Fazem companhia à capital Confins e Nova União.

Prudência

Mesmo diante do avanço da vacinação, a desobrigação deve ser avaliada com prudência. É o que defende o infectologista Unaí Tupinambás, que integrou o Comitê de Enfrentamento à Covid em BH – o grupo foi extinto.

“Nossa transmissão ainda é alta. Veja o que está acontecendo no Reino Unido, China, Coreia do Sul e Hong Kong”, afirmou, considerando um aumento no número de casos em outros países do mundo.

Para o médico, o ideal é seguir com o uso do acessório, pelo menos, durante “todo outono e inverno”. 

Veja como está a cobertura da 3ª dose na Grande BH

  • Baldim: 49%
  • Belo Horizonte: 69,43%
  • Betim: 47%
  • Brumadinho: 52%
  • Caeté: 49%
  • Capim Branco: 49%
  • Confins: 80%
  • Contagem: 49%
  • Esmeraldas: 39%
  • Florestal: 54%
  • Ibirité: 32%
  • Igarapé: 49%
  • Itaguara: 62%
  • Itatiaiuçu: 47%
  • Jaboticatubas: 47%
  • Juatuba: 40%
  • Lagoa Santa: 43%
  • Mário Campos: 50%
  • Mateus Leme: 62%
  • Matozinhos: 62%
  • Nova Lima: 59%
  • Nova União: 69,67%
  • Pedro Leopoldo: 50%
  • Raposos: 47%
  • Ribeirão das Neves: 25%
  • Rio Acima: 47%
  • Rio Manso: 64%
  • Sabará: 40%
  • Santa Luzia: 39%
  • São Joaquim de Bicas: 59%
  • São José da Lapa: 42%
  • Sarzedo: 58%
  • Taquaraçu de Minas: 63%
  • Vespasiano: 37%

Fonte: SES-MG

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