
O Banco Central do Chile (BCCh) afirmou nesta terça-feira (12), em comunicado, estar disposto a "atuar frente a situações anômalas" e que conta "com uma variedade de ferramentas para fazer isso". Hoje, o peso chileno atingiu mínimas históricas em relação ao dólar, no 26º dia de protestos que pedem reformas sociais no país.

Banco Central do Chile
No comunicado, divulgado no início da tarde, o BCCh também sinalizou que tem acompanhado o comportamento das principais variáveis financeiras e econômicas desde que começaram os protestos que pedem reformas sociais, como melhorias nos serviços públicos e aumento nos valores das aposentadorias.
"Um dos preços que têm apresentado maior volatilidade é a paridade peso-dólar, o que é esperado em contexto de maior incerteza como o observado", destacou o BC chileno.
O BCCh lembra, no entanto, que o Chile tem "um sistema financeiro solvente, uma baixa exposição cambial dos agentes econômicos, uma situação fiscal sólida, um nível adequado de reservas internacionais e fundos soberanos, expectativas de inflação ancoradas em 3% e uma política monetária que tem se adaptando oportunamente às circunstâncias".
Há pouco, o dólar avançava a 780,50 pesos chilenos, de 760,20 pesos no fim da tarde de ontem. Mais cedo, a divisa americana chegou a superar a marca de 800,10 pesos chilenos, recorde histórico, em dia de greve geral no país e em meio a avanços nas discussões sobre uma nova Constituição.